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Elite acredita que dinheiro e felicidade andam juntos

Agência do Rádio - 15 de janeiro de 2008 - 09:03

Dinheiro traz felicidade? Uma pesquisa do Instituto IP2, de Curitiba, mostra que a elite brasileira acredita que sim. Esse grupo de pessoas representa 6% da população e faz parte de famílias com renda superior a R$ 6,5 mil. O levantamento incluiu 2,4 mil brasileiros de diferentes níveis sociais. Quinhentos e vinte e seis eram da classe A: 91% dos que fazem parte dessa classe responderam de forma positiva à pergunta. O diretor do Instituto IP2, Marcelo Peruzzo, diz que, geralmente, quem acredita que o dinheiro não está associado a uma vida feliz não faz parte da elite.

"A pergunta era: 'Qual o seu grau de felicidade? Totalmente feliz, feliz, indiferente, infeliz, ou muito infeliz. Quem fala que rico não é feliz, é tido um elemento que não faz parte da elite, mas eu nunca vi um rico falar que é infeliz."

De acordo com Peruzzo, ter um bom relacionamento com pessoas da classe A pode trazer benefícios para a área profissional porque, entre os entrevistados, 33% eram donos de algum tipo de negócio. Mas, na opinião do presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida, Alberto Ogata, o problema é que as pessoas confundem o prazer de ter dinheiro com o sentimento da felicidade.


"Se sabe que a renda pode trazer mais bem-estar até um certo nível e durante um certo tempo. A partir do memento em que você preenche determinadas necessidades ou tem determinada renda, o nível de percepção de felicidade não aumenta. E aí tem muitos estudos de economia, por exemplo, daqueles ganhadores de loteria e que depois de um ano o nível de percepção do bem-estar de felicidade volta ao nível anterior: é que as pessoas confundem um pouco a questão de prazer e felicidade."

Alberto Ogata esclarece ainda que os bens materiais são responsáveis por, no máximo, 20% da percepção de felicidade. Segundo ele, 50% desse total tem a ver com a visão genética e adquirida através da convivência com a família, enquanto 40% pode estar associado à maneira como cada um lida com os fatos do cotidiano. O especialista enumera três fatores que determinam a percepção da felicidade: o grau de otimismo em relação ao futuro, o emprego da gentileza nas relações e a compaixão. Segundo ele, esses elementos seriam mais importantes que o dinheiro para a melhoraria da qualidade de vida.

De Brasília, Leilane Alves

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