Embora tenha havido aumento dos gastos com educação em todas as faixas de porte populacional, quanto menor o município, maior o gasto per capita no setor. Entre os municípios com mais de 500 mil habitantes, 38% deles gastam até R$ 70 por pessoa, enquanto apenas 7% dos de menor porte gastam esse valor. Em contrapartida, entre os municípios com até 5 mil habitantes, dobrou o percentual dos que gastavam acima de R$ 250, passando de 22% em 1998, para 48% em 2000.

Essa é uma das constatações da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros – Finanças Publicas, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto aos cerca de 5,5 mil municípios de todo o país entre 1998 e 2000. De acordo com a pesquisa, no Nordeste, 15% dos municípios - o maior percentual entre as regiões - gastam mais de 45% da sua receita disponível com educação.

O IBGE também comprovou aumento dos gastos com saneamento nos últimos três anos, embora o comprometimento das administrações municipais nesse aspecto ainda seja menor do que com educação. Enquanto as prefeituras comprometem 25% a 45% de suas receitas com educação, os gastos com saneamento variam de 7,5% a 25%. Outra constatação do levantamento: em 2000, 29% dos municípios brasileiros gastaram mais de R$ 105,00 por habitante com saúde e saneamento, mas 26,8% deles gastaram somente até R$ 55.