Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 26 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Eduardo tremeu ao jogar contra o Brasil

CBFNews - 18 de agosto de 2005 - 08:11

Eduardo Alves da Silva, o brasileiro de Vila Kennedy, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, revelado pelo Campeonato de Favelas da CBF, fez planos e sonhou muito no que fazer em campo quando soube que iria jogar contra o Brasil. Naturalizado croata, reserva da Seleção do país, acabou se vendo surpreendido assim que o treinador o chamou para entrar logo no início do segundo tempo.

- Achei que iria ficar tranquilo, mas na verdade estava muito nervoso.

Não só nervoso, como reconheceu depois. Eduardo disse que se sentiu de maneira estranha ao ser ver no gramado tendo que enfrentar a Seleção Brasileira.

- Não sei explicar direito o que senti. Mas que foi muito estranho, foi, jogar contra o Brasil.

Nada que o faça se sentir arrependido da naturalização que o levou a fazer parte da Seleção da Croácia e o que poderá fazê-lo disputar a Copa do Mundo de 2006 - a quatro rodadas do final das Eliminatórias Européias, a Croácia é líder do Grupo 8, com 16 pontos ganhos.

- Estou muito feliz aqui na Croácia. No Brasil, seria quase impossível ser convocado um dia para a Seleção. Por isso também, para realizar o sonho de jogar a próxima Copa do Mundo, me naturalizei.

Eduardo, que está há cinco anos no futebol croata - é atacante do Dínamo de Zagreb -, não foi nesse tempo todo, nem agora, na Seleção, discriminado pelos companheiros ou adversários. Ao contrário, está perfeitamente adaptado e é muito querido pelos jogadores - quando dava a entrevista, foi demoradamente abraçado por um companheiro.

- Me sinto em casa na Croácia e sou muito bem tratado por todos. Devo tudo o que estou conseguindo na carreira e na vida a esse país - disse.

O amor pelo Brasil não precisa ser dito. Acabado o jogo, Eduardo se dirigiu ao vestiário da Seleção Brasileira. Lá, ganhou uma camisa de presente, que fez questão de levar a cada um dos jogadores para receber o autógrafo. Estava feliz, emocionado, e ansioso em telefonar para a mãe, Joelma, no Rio de Janeiro.

- Quero contar tudo para ela. Saber também como foi a reação das pessoas, que devem ter lotado a minha casa para ver o jogo - disse Eduardo, completando.

- Manda um abraço para o Coronel Castelo Branco - disse, se referindo ao coordenador do Campeonato de Favelas promovido pela CBF.

O jogo terminou com o placar de 1 a 1. Ricardinho, de falta, para o Brasil.

SIGA-NOS NO Google News