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Geral

Dupla que matou vereador não tinha passagem pela polícia

João Humberto e Danúbia Burema, Campo Grande News - 27 de outubro de 2010 - 06:53

O eletricista Ireneu Maciel, o “Vaca Magra”, de 37 anos, e o comerciante autônomo Aparecido de Souza Fernandes, de 34 anos, autores do assassinato do presidente da Câmara de Alcinópolis, vereador Carlos Antônio Costa Carneiro (PDT), ocorrido ontem em Campo Grande, não possuíam passagens pela polícia até esta terça-feira, de acordo com dados coletados junto ao Sistema Integrado de Gestão Operacional da Polícia de Mato Grosso do Sul.

Ireneu nasceu em Ponta Porã e atualmente morava na rua Serra da Mantiqueira, no Residencial Serra Azul, na Capital. Já Aparecido é natural de Rio Branco (MT) e, com base em informações policiais, não constam detalhes sobre sua residência em Campo Grande.

Nesta terça-feira, por volta das 12h20, Ireneu abordou Carlos Antônio no cruzamento da rua Guia Lopes com a avenida Afonso Pena, bairro Amambaí, quando a vítima saía do Hotel Vale Verde. O vereador levou três tiros, que atingiram seu rosto, peito e abdômen.

No momento em que Ireneu desferiu os tiros contra Carlos Antônio, uma viatura descaracterizada da polícia passava pelo local e viu a vítima caída no chão e o autor fugindo em uma moto Yamaha YBR, de cor preta, placas HSN-2741.

A viatura da polícia seguiu Ireneu, que parou a motocicleta no cruzamento das ruas Vasconcelos Fernandes e 26 de Agosto. No local, Aparecido subiu no veículo, mas a dupla não percebeu que era seguida.

Na rua Engenheiro Roberto Mange, o policial que conduzia a viatura descaracterizada emparelhou o veículo junto à moto e se identificou, ordenando que Ireneu parasse a moto. Ele acelerou a Yamaha para fugir, enquanto Aparecido, que também estava armado, passou a atirar contra a viatura.

Em certo momento da fuga, Aparecido jogou a arma, mas logo os dois caíram com a motocicleta. Eles foram presos.

Questionado sobre o motivo que Ireneu teria para matar o vereador, ele respondeu que era “encomenda” e que receberia R$ 20 mil pelo crime. No entanto, Ireneu não quis dizer à polícia quem era o mandante do homicídio.

Uma viatura do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) encaminhou Ireneu e Aparecido à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário). Eles prestaram depoimento ao delegado João Reis.

O Corpo de Bombeiros foi até o local do crime na tentativa de socorrer o vereador, mas ele já estava morto.

Na Depac, Ireneu confirmou ser o autor dos disparos que mataram Carlos Antônio. Aparecido, no entanto, negou sua participação no crime.

Outras pessoas estão sendo ouvidas.

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