O dólar fechou a sexta-feira estável, vendido a R$ 2,208, após perder força no fim do pregão com a entrada de novos investidores no mercado. Porém, segundo a Reuters, a moeda norte-americana operou em alta, sempre acima de R$ 2,20, valor atingido ontem e que não era atingido desde julho. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 2,221, alta de 0,59%. Durante a semana, a divisa acumulou valorização de 2,55%.

O dia não registrou novidades para os operadores de mercado. O crescimento da economia mundial, em especial sobre os Estados Unidos, o movimento de aversão ao risco de investidores estrangeiros – que se afastaram de alguns mercados emergentes após o golpe de Estado na Tailândia – e a cena política brasileira, tomada pelo chamado “dossiê Serra” (onde membros do PT são acusados de intermediarem a venda de documentos ligando o ex-ministro José Serra, do PSDB, à máfia das ambulâncias), foram responsáveis pela tensão.

Pelo segundo dia consecutivo, o Banco Central não realizou seu leilão de compra de dólares no mercado à vista. Porém, efetuou um leilão de swap cambial reverso (equivalente a uma compra futura de dólares), o que não ocorria há um mês. Foram vendidos 12,7 mil contratos, referentes a US$ 603,4 milhões, com o objetivo de rolar contratos anteriores de swap reverso que vencerão em 2 de outubro.