Em um dia tranqüilo, após o anúncio das mudanças efetuadas na legislação cambial brasileira, o dólar encerrou o dia de negócios estável, vendo a R$ 2,191 – mesmo valor da quarta-feira. Analistas ouvidos pela Reuters acreditam que o comportamento foi vinculado às operações com o mercado futuro, onde tesourarias fizeram operações inversas, como vender dólares no mercado à vista e comprar no mercado futuro.

O pregão terminou sem que fossem cogitados assuntos relevantes que forçassem a cotação. O volume de receitas dos exportadores que poderá ser mantido fora do País e sem tributação (de 30%), anunciado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), ficou abaixo das expectativas de mercado, o que não surtiu efeitos imediatos. Além disso, os juros altos cobrados no País mantêm o Brasil como um mercado atraente para investidores estrangeiros, e para que exportadores continuem com aportes de recursos.

Mais uma vez, o Banco Central voltou a atuar no mercado, com a realização de um leilão de compras onde foram aceitas nove propostas, com taxa de corte a R$ 2,1877. A forte atuação do BC nos últimos dias tem auxiliado a manter a liquidez do mercado, equilibrando os preços.