Em mais um dia de calmaria nos mercados internacionais, o dólar fechou a sexta-feira (21 de setembro) em queda de 0,69%, sendo vendido no fechamento do pregão brasileiro a R$ 1,869. Segundo a Reuters, a moeda fecha a semana com desvalorização de 1,74%.

A queda da moeda teve início logo no início da sessão de negócios, com uma queda superior a 1% - devolvendo assim o resultado do dia anterior, quando a moeda subiu 0,7% diante de uma compra superior a US$ 1 bilhão feita por um banco no mercado futuro. A partir do recuo desta manhã, a divisa norte-americana apenas acompanhou o cenário externo, diante da falta de indicadores econômicos ou anúncios de peso.

As únicas informações que chamaram a atenção do mercado vieram do Banco Central do Brasil, que divulgou a saída líquida de US$ 1,044 bilhão no mês até a última quarta-feira (19). A migração de dólares é resultado da crise que atingiu o mercado global, por conta dos problemas o setor de crédito imobiliário de risco dos Estados Unidos. No fim da semana passada, o Banco Central registrava entrava líquida de US$ 270 milhões no País, com fluxo positivo em US$ 70 bilhões. O BC nega a fuga de capitais do País.

Nos próximos dias, é aguardado que a autoridade monetária brasileira efetue um leilão de swap cambial reverso, por conta da rolagem de papéis com vencimento entre o fim de setembro e o início de outubro. A expectativa é de que os contratos de swap reverso (equivalentes a compras futuras de dólares) somem US$ 2 bilhões.

Porém, a realização do leilão não é uma certeza, uma vez que no início de setembro o BC deixou de rolar US$ 640 milhões em swap. Acredita-se que o total de contratos nas mãos de investidores chegue a US$ 22 bilhões.