O dólar encerrou a quinta-feira com uma leve baixa de 0,14% em sua cotação, encerrando o dia de negócios vendido a R$ 2,178, após a melhora das bolas internacionais, sobretudo dos Estados Unidos. A contrário do que normalmente ocorre nos pregões, o leilão de compra de dólares do BC ajudou a aliviar a pressão no mercado, segundo informou a agência Reuters.

A moeda chegou a subir 0,55% na máxima do dia, vendida a R$ 2,193, empurrada pelos maus negócios nas bolsas norte-americanas e européias – que presenciaram hoje o aumento nos juros do Banco da Inglaterra (que chegou a 4,75%) e da União Européia (3%). A decisão acalentou as apostas de que o Federal Reserve também deve aumentar o juro nos EUA, conforme analistas. A divulgação dos dados referentes ao mercado de trabalho norte-americano amanhã deve ser um novo indicativo sobre o futuro da taxa de juro naquele país.

No cenário interno, o Banco Central aceitou nove propostas em seu leilão de compra de dólares, com taxa de corte a R$ 2,186. Investidores identificaram que o comportamento do BC tem servido para nortear a cotação: em dias de alta, a autoridade monetária realiza menos compras; em nas quedas mais intensas, o Banco Central compra mais e sustenta a cotação. Acredita-se que, apenas em agosto, o BC já adquiriu mais de US$ 700 milhões nos leilões.