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Diretor diz que fez o que pôde para evitar morte

Jacqueline Lopes/Campo Grande News - 29 de dezembro de 2003 - 10:00

O assassinato dentro do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) de Cícero Constantino Duarte, suspeito da morte de uma menina de três anos, cujo corpo foi encontrado no dia dez deste mês, em Aquidauana, é apontado como desencadeador de outras duas mortes naquele estabelecimento penal, segundo o diretor do IPCG, Valdimir Ayala Castro. Cícero foi morto no dia 19, mesmo dia em que também foi assasinado José Severino de Paula, condenado por estupro.
Segundo o administrador do presídio que, com capacidade para 270 homens comporta 670, a morte de Valdecir Pereira da Silva, de 40 anos, que há nove anos cumpria pena por estupro teria sido anunciada. O crime ocorreu ontem no início da noite. “O colocamos no solário onde fica o pessoal mais comportado, o da cozinha. Mas, como continuou sendo ameaçado, o transferimos para o “seguro”, a cela forte onde acabou assassinado”, explicou Castro. Ele atribui a superlotação à falta de opção de locais seguros.
Anderson Brites Martinês, de 24 anos, que cumpre pena por latrocínio assumiu a responsabilidade da morte de Silva. Ele estava na cela forte com quatro pessoas todas juradas de morte, segundo Castro. “Anderson é um preso complicado. Já saiu e voltou para cá por várias vezes”.
Martinês teria assassinado Silva usando duas armas artesanais, os chamados "chuchos". Ele teria golpeado o detento pelas costas, quando Silva estava abaixado. “Dentro das nossas possibilidades fazemos tudo o que pode ser feito. Mas, o pessoal dos artigos 213 e 214 – estupros – corre sempre este risco”, justificou o diretor do IPCG.

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