Ele é o recordista em participações na Copa das Confederações. Nenhum outro jogador atingiu a sua marca em jogos da competição.

Dida estava no gol da Seleção Brasileira nos 18 jogos que a equipe disputou nas quatro edições da Copa das Confederações, desde a primeira, na Arábia Saudita, em 1997, quando o Brasil foi campeão, passando pelo México, em 1999, pela Coréia do Sul, em 2001, na França, em 2003, até chegar à Alemanha em 2005.

- Não tinha certeza desses números. Achava que tinha ficado de fora de algum jogo. Dessa forma, só posso ficar orgulhoso, isso mostra que há alguns anos meu trabalho vem sendo reconhecido na Seleção - diz.

O baiano Nelson de Jesus Silva, 31 anos, é tido como uma pessoa arredia, de poucas palavras, estilo fechado mesmo. Não na Seleção Brasileira, no convívio em um ambiente que conhece bem desde a primeira convocação, para a Seleção Sub-20. Ele tem, portanto, uma história de identificação com a Seleção Brasileira, onde se sente em casa e bem à vontade.

- Jogar na Seleção é um prazer. E um privilégio, pois aqui estão os melhores profissionais, não é fácil fazer parte do grupo.

No caso de Dida foi mais difícil ainda. Nem nos melhores dos sonhos, no tempo do início de carreira, no Cruzeiro de Arapiraca (AL), imaginou que pudesse ser um dia o dono da camisa 1 da Seleção Brasileira.

- Comecei a jogar em um time pequeno, então era impossível pensar em Seleção. Depois, fui para o Vitória, Cruzeiro, e aí meu trabalho começou a ser visto.

Dida foi convocado 122 vezes para a Seleção principal. Na ausência de Cafu e Roberto Carlos, neste grupo, é o jogador que mais atuou pela Seleção Brasileira: 77 partidas. Tem idade e futebol para alcançar outras marcas com recordes. Mas não a preocupação, como reconhece.

- Realmente não sou um jogador de prestar atenção em números e estatísticas. Mas fico feliz em saber que já alcancei essa marca na Seleção.

O Brasil joga amanhã e o time deverá ser o mesmo que estreiou contra a Grécia. Acompanhe o jogo pela Rádio Patriarca, via Band Sat.