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DF registra mais uma morte suspeita de hantavirose

Irene Lobo / ABr - 11 de junho de 2004 - 14:07

Um comerciante de 64 anos pode ser a quarta vítima de hantavirose no Distrito Federal. Gilberto Alves de Souza morreu na madrugada de ontem, no Hospital Regional da Asa Norte, (HRAN) com os mesmos sintomas que há menos de um mês vitimaram outras três pessoas: febre alta, dores no corpo e insuficiência respiratória.

Gilberto também era morador de São Sebastião, cidade localizada no entorno de Brasília que concentra grande quantidade de ratos silvestres, transmissores da hantavirose, e onde viviam as três vítimas da doença. Desde ontem, equipes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, do Instituto Adolfo Lutz (IAL) de São Paulo e do Ministério da Saúde (MS) estão acampadas na cidade para capturar ratos. No primeiro dia, de um total de 320 arapucas armadas, 156 apreenderam roedores.

O sangue e as vísceras dos animais serão analisados pelo IAL para que seja detectado o tipo de vírus e hospedeiro que estão assustando a população de São Sebastião e as autoridades de saúde. O sangue de Gilberto também será encaminhado para que um teste sorológico confirme a causa de sua morte.

O primeiro caso de hantavirose foi registrado no Brasil em 1993, no interior de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, desde essa época já foram registrados 353 casos da doença, que culminou na morte de 161 pessoas. Os estados que registraram mais casos foram o Paraná (92), São Paulo e Minas Gerais (60) e Santa Catarina (51).

A hantavirose é uma doença rara transmitida pela saliva, urina e fezes de roedores silvestres. Os casos registrados no DF são de Síndrome Pulmonar do Hantavírus (SPH), cujos principais sintomas são febre alta, dores no corpo, dor abdominal, dor de cabeça, tosse seca, taquicardia e dificuldade para respirar.

A principal forma de evitar a doença é eliminar entulhos e lixos que possam servir como ninho ou fonte de alimento para roedores, mas em Brasília, os trabalhadores da limpeza urbana estão em greve desde a última terça-feira (8), o que dificulta o trabalho das autoridades de saúde.

“A primeira coisa que a gente recomenda é que a população continue armazenando o lixo em sacos plásticos e limpando as suas residências”, afirma o secretário de Saúde do DF, Arnaldo Bernardino.

Não há tratamento específico para a hantavirose. Ao sentir alguns dos sintomas da doença, o paciente deve procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência para ser examinado por um médico.

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