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Geral

Desemprego entre jovens é o dobro do existente

Cecília Jorge/ABr - 16 de junho de 2004 - 14:16

Com um número de jovens comparado à população total da Argentina, o Brasil tem a quinta maior população juvenil do mundo, segundo dados do Fundo de População das Nações Unidas. São cerca de 35 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos. O tamanho dos problemas que atingem essa parcela de brasileiros é revelado pelas estatísticas.

Oito milhões de jovens têm baixa escolaridade, tendo pelo menos cinco anos de atraso na série escolar; e 3,3 milhões nem sequer freqüentam a escola. De acordo com estudo do Ministério do Trabalho, os jovens correspondem a 23% da população economicamente ativa, mas o desemprego entre eles é duas vezes maior do que em qualquer outra faixa etária.

Mesmo com tantos problemas, o país ainda não possui uma política nacional para a juventude. É o que a Conferência Nacional de Juventude está querendo mudar. Promovido pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, destinada a acompanhar e estudar propostas de políticas públicas para a juventude, o encontro reúne, até sexta-feira, 2 mil jovens e políticos para discutir o tema, em Brasília.

“Isso nunca foi colocado como um objetivo a ser alcançado. Cada ministério, cada estado, cada município enfrenta isso a seu modo. Essa batalha a juventude perdeu e agora quer reverter isso. A juventude é a grande vítima da violência, do desemprego, da discriminação, da exclusão de determinadas políticas. Então, agora a juventude está se mobilizando”, disse o ministro Nilmário Miranda, da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos.

Para Nilmário Miranda, o protagonismo jovem será o grande responsável pela mudança na atuação política. “No Brasil, sempre foi assim, quando a juventude se mobiliza alguma coisa acontece. Ela foi fundamental na abolição da escravidão, na revolução de 30, no fim da ditadura do Estado Novo, pelo impeachment do Collor e pela ética na política. Nos grandes momentos da história, a juventude foi fundamental. Agora, está na hora da juventude ser fundamental para ter uma política para ela própria, que ela ajude a construir e mobilize a nação em torno dessa política”, defendeu o ministro.

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