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Geral

Desafio da Política: Vai encarar?

Manoel Afonso - 13 de janeiro de 2015 - 16:15

Sócrates já lembrava: "uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida".

Mas é preciso muito cuidado! Esse conceito não pode ser visto como passaporte para projetos sem a mínima consistência, especialmente quando se trata da vida política partidária.

O tema é oportuno; temos eleições de dois em dois anos, o que naturalmente cria ambientes férteis a germinação de propostas que deságuam em candidaturas e neste caso, para cargos majoritários e proporcionais no próximo pleito municipal.

Mas uma coisa é certa e imutável ao longo do tempo; a sedução pela política e poder segue o rastro da vaidade de todos nós, independentemente das intenções e condições de cada um dos pretendentes. E esses sonhos – insanos ou possíveis – servem de combustível para o caminhar da manada humana.

Longe de intimidar ou obstaculizar, o texto quer mostrar o que nem sempre é focado.

Afinal, uma candidatura é algo muito mais representativo do que se possa imaginar, mesmo na menor das cidades. Ela permite a exposição do seu nome e biografia, que se torna pública, aberta a leitura e livre interpretação segundo as conveniências. O risco é cruel e as sequelas às vezes para toda a vida.

Um exemplo clássico é do saudoso Antonio Ermírio de Moraes. Indignado com a crise ética da política paulista, tentou o Governo em 1986 e foi derrotado por Quércia numa campanha sem escrúpulos, onde ficou estigmatizado como mau patrão. Aliás, após a desgastante experiência, ele definiu e com razão a política como 'o maior de todos os teatros'. Nunca mais ele foi o mesmo.

Claro que a participação efetiva é necessária e bem vinda, pois a omissão dos bons abre espaço para os espertalhões. Aí entra o papel dos dirigentes partidários em atrair para seus quadros gente qualificada, com preparo compatível à missão. Mas infelizmente conta mais a quantidade do que a qualidade da representação partidária.

As consequências estão aí na mídia: governadores, senadores, deputados, vereadores e prefeitos envolvidos em escândalos, revoltando a opinião pública, desmoralizando a classe política, e o que é mais grave: afastando gente de bem com potencial para contribuir com a administração pública.

Esse é o cenário pantanoso que antecede o próximo embate eleitoral.

Quanto a decisão de participar - é sua!

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