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Deputado pede que PFL expulse Antônio Carlos Magalhães

Ellis Regina/ABr - 14 de setembro de 2004 - 14:25

Brasília - O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) apresentou hoje ao presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), petição pedindo a expulsão do senador Antônio Carlos Magalhães (BA) do partido. O parlamentar alega que ACM foi o coordenador de um "processo de cooptação política" promovido pelo governo durante jantar realizado ontem na casa do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de parlamentares do PFL. “O encontro de ontem só ocorreu devido à intervenção de ACM. O governo é arrogante e não vai destruir o partido que é depositário da confiança do povo”, afirmou o deputado.

O senador Jorge Bornhausen deve nomear um relator para processo e o senador Antônio Carlos Magalhães será intimado a fazer sua defesa, que deverá ser apresentada em até 8 dias. O resultado do processo será examinado pela Executiva Nacional do PFL.

A petição foi apresentada a Bornhausen durante uma entrevista coletiva convocada por ele para falar do posicionamento oficial do partido em relação ao jantar. Bornhausen disse que o encontro retrata uma “lastimável realidade da política brasileira com um ato explícito de cooptação partidária” praticada, na sua avaliação, com a adesão de ACM, o que contraria a resolução do partido de fazer oposição ao governo Lula.

“Estamos às vésperas das eleições, evidentemente a intenção do jantar foi prejudicar o discurso dos nossos candidatos”, declarou Bornhausen. “Não acho que haja uma racha no partido. O nosso caminho é um só, o de oposição”, enfatizou.

O clima de disputa entre os parlamentares do PFL deve interferir nas votações do plenário. O líder do partido, José Agripino (RN), sinalizou que deve usar todas as manobras regimentais para obstruir as votações. “Conforme a tradição e o regimento, teremos três sessões para buscar consenso em torno da medida provisória que está na pauta”, disse. “Temos razões para olharmos com lupa para todas as medidas provisórias”.

A medida provisória que prevê isenções de impostos a cientistas que importarem equipamentos de pesquisa está obstruindo as votações no plenário do Senado. Qualquer outra proposta só poderá ser apreciada depois da votação da MP.

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