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Dentista: Anestesia não provoca arritmias em cardiopatas

01 de novembro de 2008 - 03:52

Pesquisa feita pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP junto com o Hospital Albert Einstein traz boas notícias. Segundo artigo publicado nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia de setembro de 2008, anestésicos locais com ou sem vasoconstritores, muito usados por dentistas, não causam problemas para pacientes com arritmias ventriculares, que sofrem de doença de Chagas ou doença coronariana.



De acordo com o texto, Denise Tessariol Hachul e colegas estudaram 33 pacientes com Chagas e 32 com doença arterial coronariana, todos com arritmia ventricular complexa, com idade aproximada entre 47 e 63, sendo 21 mulheres, que estavam em tratamento de rotina e foram submetidos à anestesia pterigomandibular, como é chamada tecnicamente, devido ao local em que é aplicada pelo dentista.



“Esses pacientes foram divididos em dois grupos: no grupo I, utilizou-se prilocaína a 3% associada a felipressina 0,03 UI/ml, e no grupo II, lidocaína a 2% sem vasoconstritor. Avaliaram-se o número e a complexidade de extra-sístoles, a freqüência cardíaca e a pressão arterial sistêmica dos pacientes no dia anterior, uma hora antes, durante o procedimento odontológico e uma hora após”, explicam os autores.



Segundo o estudo, os pacientes não apresentaram qualquer alteração circulatória ou arritmia ventricular com o uso do anestésico em ambos os grupos, com e sem vasoconstrictor. “Os resultados sugerem que prilocaína a 3% associada a felipressina 0,03 UI/ml pode ser utilizada com segurança em pacientes chagásicos e coronarianos, com arritmia ventricular complexa”, concluem os pesquisadores.



Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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