O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) espera que o segundo semestre seja mais produtivo no Senado, para que se retome a discussão de temas relacionados ao crescimento da economia e a geração de empregos.

“O primeiro semestre foi pouco produtivo. O Senado foi permeado por crises, especialmente as que surgiram logo após a eleição do senador José Sarney para a presidência da Mesa Diretora. Isso fez com nós deixássemos de debater temas importantes para o desenvolvimento do Brasil. Ficamos restritos, praticamente, à discussão de Medidas Provisórias enviadas pelo Executivo e à votação da indicação de nomes para o preenchimento de cargos na estrutura do governo e das agências reguladoras. A produção legislativa foi muita baixa. Tomara que no segundo semestre possamos mudar essa pauta. Temos uma pauta extensa, que passa pela previdência, pela questão da infraestrutura, fundamentais para projetar o Brasil e melhorar o dia-a-dia do cidadão. É preciso retomar também as audiências públicas, com a participação da sociedade, para que se aperfeiçoe cada vez mais as nossas leis. Esses são os desafios, a despeito de CPI da Petrobras e da crise que ainda continua em relação ao presidente Sarney”, afirmou o senador.

Delcídio espera que, após o fim do recesso parlamentar, os ânimos sejam serenados.

“A base governista fez o que podia fazer, não só através do PT, que, mesmo dividido, procurou seguir as orientações do presidente Lula, da ministra Dilma e do secretário Gilberto Carvalho. Mas é preciso aguardar os fatos, dos quais somos prisioneiros. Os fatos vão indicar se efetivamente vamos ter desdobramentos ou não da crise. Logo após o recesso as bancadas vão se reunir para uma avaliação do quadro e eventualmente tomar uma decisão. Mas isso só os fatos vão dizer. Temos que ter tranqüilidade para trabalhar no segundo semestre”, defende Delcídio.

Delcídio vai continuar conciliando a agenda no Senado com a programação de visitas semanais aos bairros de Campo Grande e aos municípios do interior do estado.

“Tenho trabalhado intensamente no estado, visitando os municípios e conversando com as lideranças políticas, empresarias e comunitárias. Desse contato surgiram dezenas de novos pedidos que apresentei em Brasília, para mais investimentos na melhoria da qualidade de vida das nossas cidades. Vamos correr atrás das emendas individuais, incluídas no Orçamento deste ano, e também das emendas de bancada, que o governo costuma liberar no final do ano”, adianta.