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Decretada 900 áreas para conservação da biodiversidade

Ana Paula Marra/ABr - 22 de maio de 2004 - 06:23

Desde o descobrimento do Brasil, o homem já destruiu uma área equivalente a quatrocentos milhões de hectares, o equivalente a quatro milhões de quilômetros quadrados. O alerta foi dado pelo diretor do Programa Nacional de Biodiversidade, Paulo Kageyama, durante cerimônia comemorativa do Dia Internacional da Diversidade Biológica, 22 de maio, no Palácio do Planalto. Os biomas mais afetados foram o da Mata Atlântica e o do Cerrado, com 93% e 80% das áreas devastadas.

Para preservar e recuperar as áreas restantes, o governo assinou hoje decreto definindo 900 áreas prioritárias para conservação da biodiversidade. Elas serão utilizadas para estudos científicos e preservação das espécies naturais.

“O governo vai focalizar suas políticas de proteção, fiscalização e uso sustentável nessas áreas”, informou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A delimitação dos espaços no entanto não impede a visita turística dos locais, desde que utilizados de maneira sustentável, explicou Marina Silva. “Não estamos apenas dizendo o que não pode. Estamos criando as bases técnicas, científicas e de apoio de recursos para o uso sustentável dos recursos naturais”, disse.

O governo também reforçou a campanha internacional pela criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, por meio de mensagem da Presidência da República a líderes mundiais para que apóiem a proteção dos cetáceos. Com a criação do Santuário, proposta apresentada pelo Brasil desde 1998 à Comissão Internacional da Baleia, ficaria vetada a caça aos cetáceos em toda a área abaixo da linha do equador, entre a América do Sul e a África. Desde 1987, a pesca da baleia é proibida no Brasil.

Também em comemoração ao Dia Internacional da Diversidade Biológica, o Ministério da Saúde lançou a primeira lista nacional de invertebrados aquáticos e peixes de água doce e salgada ameaçados de extinção. A lista servirá para a elaboração de políticas públicas para recuperação das espécies em extinção.

O presidente da República em exercício, José Alencar, disse que todas essas ações serão importantes para a preservação ambiental. Segundo ele, o país possui a maior cobertura de floresta tropical do mundo e a maior biodiversidade do planeta, com cerca de 22% das espécies existentes. “É essa a razão pela qual o governo brasileiro está atento com absoluta certeza e segurança de estar preservando”, destacou Alencar.

O Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também lançou hoje os Mapas de Biomas do Brasil e de Vegetação do Brasil.

Dos seis biomas mapeados pela primeira vez (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), o de maior extensão é o da Amazônia, com 49,29% da área total brasileira, e o de menor, o do Pantanal, com 1,76%.

Também foi assinado decreto presidencial ampliando de 84 mil hectares para 231 mil hectares a área do Parque Grande Sertão Veredas, localizado no Norte de Minas Gerais. Os afluentes que passam pelo parque respondem por 20% do volume de água do Rio São Francisco.

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