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Decisão do PMDB amplia chance de haver terceiro nome

Agência Câmara - 10 de janeiro de 2007 - 07:48

A decisão do PMDB de apoiar o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), na eleição para a Presidência da Câmara não vai mudar as estratégias do grupo de parlamentares que articula o lançamento de uma candidatura alternativa.

Inicialmente, o grupo tinha a esperança de que o PMDB fizesse valer a condição de maior bancada da próxima legislatura e apresentasse um candidato próprio, compromissado em lutar pela autonomia da Câmara. Mas, diante da opção peemedebista por Chinaglia e da manutenção da candidatura do atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), cresce a chance de o grupo lançar um terceiro nome na disputa pelo cargo mais importante da Câmara.

Um dos líderes do grupo da chamada "terceira via", deputado Raul Jungmann (PPS-PE), reafirmou a intenção de buscar o apoio de todos os deputados às sete propostas apresentadas, no início da semana. Jungmann aposta na divisão interna do PMDB e pretende procurar, inclusive, os dissidentes do partido que não seguirem a orientação de apoio a Chinaglia.

"No que diz respeito a nós, vamos procurar esses dissidentes e propor que eles se integrem à terceira via. Nós entendemos que é por aí que vamos recuperar a imagem da Câmara; romper com o passado e, sobretudo, com essa legislatura de crises e escândalos; dar um choque republicano, ou seja, aplicar o princípio da decência a todos os atos da Mesa Diretora e da Presidência; e, sobretudo, deixar de ser o quintal do Palácio do Planalto, que tanto a candidatura de Arlindo quanto a de Aldo só vão dar continuidade", ressaltou.

Gabeira ou Erundina
O líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), voltou a defender os nomes dos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP) como opções, dentro do próprio grupo, para assumir a candidatura alternativa.

Segundo Chico Alencar, a decisão do PMDB pró-Chinaglia pode até ajudar o trabalho do grupo da "terceira via". "Por paradoxal que pareça, ela reforça o nosso trabalho e o nosso movimento de busca de uma alternativa propositiva para a Câmara dos Deputados. Isso dá uma consolidação férrea de oficialidade e governismo à candidatura de Arlindo Chinaglia. É uma candidatura oficial, chapa branca, que não vai garantir o ponto inicial do nosso programa mínimo, que é a autonomia e a independência do Legislativo em relação ao Executivo."

Posição do PSDB
Outro integrante do grupo, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), argumenta que a eleição da Câmara não pode se transformar em uma disputa para escolher quem é mais leal ao Palácio do Planalto. Fruet informou que os tucanos só devem se posicionar oficialmente sobre a sucessão na Casa na última semana deste mês. "É natural que isso fortaleça a candidatura do líder do governo e vai criar uma dificuldade a mais para que o governo tente estabelecer uma candidatura única. É claro que agora é o tempo que vai definir - são pouco mais de três semanas - se haverá possibilidade de fortalecer o surgimento de uma outra candidatura dentro do governo ou reunindo forças que sejam descontentes com essas escolhas", afirmou.

A consolidação das propostas do grupo da "terceira via" e a definição de um candidato alternativo estão mantidas para a próxima terça-feira (16), durante reunião na Câmara.

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