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Danilo Balu: "running tall" (corra grandão)

OU AINDA: Run like a sprinter

Blog Recorrido - 14 de julho de 2020 - 11:00

Danilo Balu: "running tall" (corra grandão)

O Ricardo Hirsch nas conversas em off nas gravações do 3 Lados da Corrida sempre fala uma coisa que faz TODO sentido: temos que aprender com os melhores. Quando falo que MAF é distante a corredores as pessoas citam o Mark Allen (um super-homem), que NÃO é especialista! Ninguém aprende a nadar com triatleta, diz o Hirsch, por que insistir em citar o Allen como argumento?

Corrida de longa distância tem um enorme foco na quantidade enquanto os velocistas na qualidade . O texto que postei ontem fala do (aleluia!) foco maior no QUADRIL dos corredores, em detrimento dos pés (tara atual de amadores).

Voltemos aos velocistas. Eles têm enorme foco no QUADRIL, nosso “núcleo” de força. Exercício simples: imagine-se em pé com uma barra com 100kg nas costas. Como é mais fácil sustentá-la por muito tempo? Com pernas estendidas ou um pouco flexionadas como no agachamento? Esticadas, certo?

ISSO é o “running tall”! Você tem uma posição menos fatigável, elevando seu Centro de Gravidade (o que aumenta a amplitude de passada) e, talvez o mais importante, essa é uma posição de VELOCIDADE de nosso músculo de força (lembre-se que Potência é produto de Força e Velocidade). Mas o que você MAIS quer correndo é mais velocidade, não força! A sua potência máxima é sempre a MESMA. Se você aumenta a força (ao ficar levemente agachado) você PERDE aquilo que MAIS quer, a VELOCIDADE!

O IDEAL, diz o artigo citado, é imaginar-se correndo como com uma corda o puxando pra cima. Eu gosto de dizer aos meus atletas que o ideal é imaginar-se correndo com um cabo preso no QUADRIL o puxando à frente e você “tendo” que manter-se “alto”, grandão”. Running tall!!

Danilo Balu: "running tall" (corra grandão)

E OS PÉS?! NÃO IMPORTAM?

LÓGICO que sim! Mas eles NÃO são os maiores geradores de potência. Uma das coisas que nos diferenciam dos macacos é o glúteo forte (veja o tamanho da b&nda da elite velocista), que nos possibilita ser bípedes, mas também… CORRER! Não são os pés! Nosso glúteo possibilita isso, então USE!

Primeiro a gente corrige o quadril (que é BEM mais difícil) e SÓ DEPOIS então a gente olha pros pés. Treinadores de longa distância aprendem DEMAIS quando olham os velocistas.

Danilo Balu é Bacharel em Esporte pela Universidade de São Paulo (EEFE-USP), fez Nutrição na mesma instituição (FSP-USP), além de Engenharia Civil (POLI) e Ciências Atuariais (FEA-USP). Corre desde 1990. É treinador de corrida em São Paulo. O conteúdo é de responsabilidade do articulista. Instagram: @danilobalu E-mail: [email protected] Podcast: 3ladosdacorrida

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