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Dados de CPMI podem ter sido vazados fora do Congresso

Agência Câmara - 21 de setembro de 2004 - 07:57

O presidente do Congresso Nacional, José Sarney, afirmou nesta segunda-feira que já há informações de que os documentos encaminhados à CPMI do Banestado por autoridades norte-americanas não foram entregues exclusivamente ao Congresso Nacional. "O senador Romeu Tuma, que, como corregedor da casa, já está tratando do assunto, me disse, em primeira mão, que já tem informações de que os documentos que foram vazados não foram entregues somente ao Congresso Nacional. Isso abre o leque para uma investigação mais ampla".
A reunião para discutir o vazamento de informações da CPMI do Banestado só deve ocorrer em outubro, após o primeiro turno das eleições municipais. O presidente do Congresso, Senador José Sarney, descartou nesta segunda-feira a possibilidade das mesas diretoras da Câmara e do Senado avaliarem o assunto esta semana.

Divergências
As divergências nas investigações da CPMI se agravaram em agosto, quando o relator da comissão, deputado José Mentor (PT-SP) suspendeu todas as investigações e determinou que fossem lacrados os documentos obtidos com a quebra de sigilo bancário de cerca de 1,4 mil pessoas, cujas informações teriam sido repassadas para a imprensa e estariam sendo usadas para extorquir executivos do mercado financeiro.
Nas últimas semanas, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem acusado o relator de montar um banco de dados sobre a família Jereissati com as informações sigilosas recebidas pela Comissão. O PSDB também acusa o relator de agir sob o comando do do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Sarney, no entanto, argumenta que o noticiário sobre o assunto tem sido muito rigoroso, principalmente em relação ao ministro José Dirceu, que está sendo vítima de notícias impróprias.

Investigação longa
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado apura as responsabilidades sobre a evasão de divisas do Brasil, especificamente para os chamados paraísos fiscais, em razão de denúncias reveladas pela operação Macuco, realizada pela Polícia Federal. Essa operação apurou a evasão de divisas do País, ocorridas entre 1996 e 2002, por meio das chamadas contas CC-5, principalmente as efetuadas pelo Banco do Estado do Paraná (Banestado). A CPMI foi instalada em junho de 2003 e teve seus trabalhos prorogados este ano.



Reportagem – Danielle Popov
Edição – Paulo Cesar Santos

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