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Geral

Custos de produção subiram 250%

Famasul Notícias - 30 de maio de 2005 - 14:54

Levantamentos realizados na Unigran mostram que os custos de produção das lavouras, principalmente da soja, subiram cerca de 250% nos últimos cinco anos. Os insumos, adubos e óleo diesel estão entre os itens que tiveram as maiores altas de preço. Com a elevação dos custos, a queda do dólar e o baixo preço das commodities no mercado, os agricultores estão acumulando prejuízos.

Os estudos foram feitos pelo economista Domingos Ventirini a pedido do presidente de honra da instituição, o deputado federal Murilo Zauith (PFL) para subsidiar os trabalhos da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados e apresentados durante reunião da Comissão com cerca de 500 produtores rurais ocorrida na semana passada em Dourados durante a 41ª Expoagro.

De acordo com Murilo, os dados irão embasar os trabalhos da Comissão, que é presidida pelo deputado federal Ronaldo Caiado (PFL-GO). "Precisamos de uma nova política agrícola para o país. Hoje o setor produtivo, paga uma carga excessiva de impostos e acumula prejuízos", afirmou Murilo Zauith.

Custo alto - Conforme os levantamentos feitos pela Unigran através de Venturini, somente o óleo diesel teve reajustes acumulados de 180%. O combustível passou de R$ 0,69 em 2000 para até R$ 1,95 em 2005. A alta dos insumos de 2000 a 2004 teve uma variação positiva de 200 a 250%. "Os números demonstram claramente que esta situação precisa ser rediscutida e, com urgência” acrescentou Murilo.

Os estudos apontam, por exemplo, que enquanto historicamente o preço da saca de soja no mercado fica entre US$ 10 e US$ 11, na safra 2004 o custo de produção chegou a US$ 17. Esse fator, somado à queda na produção provocada pela estiagem fez com que o prejuízo dos agricultores fosse ainda maior.

Nesta terça-feira, dia 31, produtores rurais farão protestos em todo o país cobrando mudanças na política econômica do governo federal para o setor rural. Em Dourados centenas de tratadores e colheitadeiras deverão ocupar a área central da cidade em movimento que está sendo organizado pelo presidente do Sindicato Rural, Gino Ferreira.

Autor:
CNA

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