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Criança de 3 anos morre com sinais de espancamento
Uma menina de três anos morreu ontem à tarde, em Campo Grande, com sinais de espancamento. A mãe, uma mulher de 22 anos, e o padrasto da criança, de 25 anos, foram presos em flagrante e estão na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
Às 7 horas de ontem, a criança deu entrada na Santa Casa, mas já sem vida e o corpo foi encaminhado ao SVO (Serviço de Verificação de Óbito). O delegado plantonista, Cláudio Zotto, conta que por volta de 16h30 a mãe e o padrasto da criança foram registrar o boletim de ocorrência.
Ao perceber que havia muitos hematomas no corpo, o delegado pediu que fosse encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).
No instituto, foi constatado que a morte da criança foi ocasionada por hemorragia intracraniana, causada por ação contundente e que o cérebro da menina estava tomado por edemas, sinais de espancamento. Ao chegar na Santa Casa, o padrasto alegou que a menina havia caído e que a socorreu para o hospital.
Porém, o laudo não aponta com precisão o horário em que ela teria sofrido os ferimentos, apenas que isso ocorreu dentro das 24 horas anteriores ao exame necroscópico.
Diante das evidências de espancamento, os policiais civis foram à casa em que a família vive, no bairro Amambaí, e não encontraram sequer comida no local, o que foi interpretado como mais um indício de maus tratos.
Durante o depoimento, o casal admitiu que aplicava corretivos na menina e que era muito danada. Eles negaram espancamento e disseram que o sábado deram cintadas na criança.
A mãe alegou que a criança vivia mexendo na vagina e o padrasto disse que era desobediente. Ambos foram presos em flagrante e serão indiciados por maus tratos seguido de morte, crime para o qual a pena prevista é de prisão de 4 a 12 anos.