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CPMI quebra sigilos de Marcos Valério e Artur Waschek

Agência Câmara - 30 de junho de 2005 - 07:33

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios aprovou nesta quarta-feira a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (a partir do uso combinado de computador e meios de telecomunicação) de dois dos principais envolvidos nas denúncias de irregularidades na estatal: o publicitário Marcos Valério de Souza, que também seria o operador do "mensalão"; e o empresário Artur Waschek Neto, mandante da gravação da fita em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3 mil. Foram as primeiras quebras de sigilo aprovadas pela comissão, que deverá ouvir o deputado Roberto Jefferson amanhã, às 10h30.
A CPMI também decidiu funcionar durante o recesso e aprovou sua agenda de trabalho para o mês de julho. As reuniões vão acontecer às terças e quartas-feiras, e os outros dias ficarão reservados para análise da documentação levantada. "O cronograma segue um encaminhamento lógico, que parte primeiro da denúncia, depois da gravação e, finalmente, dos contratos", explicou o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral.

Agenda de julho
Na próxima terça-feira (5), serão ouvidas quatro pessoas envolvidas na gravação do vídeo com Maurício Marinho: Jairo Martins, coronel Fortuna, Casser Bittar e Edgar Lange.
Para quarta-feira (6), está previsto o depoimento do publicitário Marcos Valério de Souza, acusado de ser o operador do "mensalão"; e de sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio, autora da denúncia. Segundo Delcídio Amaral, a comissão poderá promover acareação entre os dois.
No dia 12, os parlamentares tomarão depoimento dos três diretores dos Correios que ainda não foram convocados. No dia seguinte, serão ouvidos dois ex-presidentes da estatal e o presidente da Skymaster - empresa de transportes aéreos que, segundo Maurício Marinho, teria contrato irregular com os Correios.

Autoconvocação
O senador Delcídio Amaral (PT-MS) confirmou o pedido de autoconvocação do Congresso para evitar contestações judiciais contra o funcionamento da CPMI durante o recesso. Se a comissão tivesse sido instalada apenas na Câmara ou no Senado, não haveria dúvidas quanto a isso, já que os dispositivos regimentais de cada Casa permitem a atuação de comissões de inquérito no recesso. Já o Regimento Comum do Congresso, que regulamenta o funcionamento de CPIs mistas, é omisso sobre o assunto.
Segundo Delcídio Amaral, há um requerimento na Câmara e outro no Senado pedindo a convocação extraordinária sem custos adicionais para o Congresso Nacional.


Reportagem - Newton Araújo Jr. e Mônica Montenegro

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