Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios reúnem-se neste instante com funcionários do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para comunicar as prioridades da comissão. Às 17 horas, os parlamentares vão explicar o curso das investigações à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
De acordo com o sub-relator de Contratos, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), as informações sobre as prioridades do inquérito serão importantes para fundamentar os trabalhos da CPMI em cooperação com os dois órgãos. "A Anatel e o Coaf estão fazendo os levantamentos de forma única, sem priorizar A ou B, justamente porque não houve nenhuma indicação nesse sentido", observa.
O deputado defende a necessidade da definição de prioridades devido ao grande volume de informações que chega diariamente à sala-cofre da comissão.

Provas contra parlamentares
Carlos Sampaio explica que, no momento, o principal foco dos trabalhos é o levantamento da lista de parlamentares contra os quais já existem provas “robustas”. "Temos condições de concluir os trabalhos sobre esses parlamentares em um prazo máximo de dez dias, encaminhando os processos diretamente ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar", prevê.
O objetivo, segundo o deputado, é evitar uma cadeia sucessiva de renúncias de parlamentares que sejam alvo das investigações. Os nomes que apresentarem somente indícios de culpa serão apontados para investigação da CPMI da Compra de Votos.

Quebra de sigilos
A CPI Mista dos Correios já aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de 18 empresas e 19 pessoas físicas envolvidas nas denúncias de corrupção. A comissão também já solicitou ao Coaf relatórios produzidos pelo órgão sobre a movimentação financeira das agências de publicidade SMPB e DNA, do empresário Marcos Valério de Souza.

Reportagem - Mônica Montenegro
Edição - Francisco Brandão