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Geral

CPI vai aprofundar investigação sobre controle aéreo

Agência Câmara - 15 de maio de 2007 - 06:48

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Crise Aérea, deputado Marco Maia (PT-RS), disse ontem que as investigações da CPI vão mostrar se é preciso haver mais investimentos no controle dos vôos no País. Integrantes da CPI foram ontem em Brasília à sede do Cindacta 1 - responsável pelo controle na região Centro-Oeste e em parte da Sudeste -, e a deputada Luciana Genro (Psol-RS) reclamou da falta de acesso aos controladores de vôo durante a visita.

Depois da ida ao Cindacta, Marco Maia fez uma avaliação positiva sobre a segurança de vôos no Brasil. "Temos um sistema de controle aéreo complexo, e ele está, segundo as informações que tivemos, bem organizado e articulado, e serve inclusive de referência para outros países", disse o relator.

Segundo ele, a análise dos inquéritos sobre o acidente entre um boeing da Gol e um jato Legacy em 29 de setembro de 2006 (que causou as mortes de 154 pessoas); os depoimentos e outras diligências da CPI vão traçar um diagnóstico mais claro sobre a situação do controle aéreo.

Críticas
Luciana Genro criticou a falta de contato direto dos parlamentares com os controladores. "O que vimos aqui hoje não explica os fatos do dia 30 de março, quando os controladores militares chegaram ao ponto de paralisar o tráfego aéreo. Se isso aconteceu, é porque existe uma situação muito grave que não nos foi mostrada hoje", disse ela.

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) reclamou do que considera um contingenciamento de recursos destinados à segurança de vôo. "As tarifas pagas em cada passagem aérea deveriam ser usadas diretamente na segurança de vôo, mas hoje são contingenciadas. Temos de criar uma lei para corrigir essa situação", ponderou.

Argumentos
O comandante do Cindacta 1, coronel Eduardo Raulino, garantiu que o controle do tráfego aéreo brasileiro é seguro e eficiente. Ele discordou da opinião do deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) de que a instalação de radares primários no Cindacta 4, que cobre a região amazônica, poderia ter impedido o acidente com o boeing da Gol.

"O controle do tráfego independe do radar. O radar nos dá uma visualização que otimiza a utilização do espaço aéreo", disse Raulino. Segundo o comandante do Cindacta 1, não há falhas de cobertura por radar na aviação comercial brasileira, pois em altitudes com fluxo de aviões muito pequeno há cobertura por rádio VHF para auxílio à navegação.

Parte da visita da CPI foi acompanhada também pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.

Agenda
A CPI vai ouvir hoje às 11 horas, no plenário 11, o delegado Renato Sayão Dias, que conduziu o inquérito da Polícia Federal sobre o acidente com o boeing da Gol. A Investigação atribuiu aos pilotos norte-americanos do jato Legacy a responsabilidade sobre a tragédia.

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