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CPI dos Bingos tem cinco depoimentos marcados

Alessandra Bastos/Campo Grande News - 07 de agosto de 2005 - 08:21

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos marcou cinco depoimentos para a próxima semana. Na terça-feira (9), a CPI ouve o auditor da Caixa Econômica Federal (CEF) José Luiz Amaral Quintans, ex-gerente nacional de Loterias da instituição.

Na quarta-feira (10), será ouvido Rogério Buratti, citado pela GTech como consultor do governo indicado pelo ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. A empresa norte-americana, com filial no Brasil, detinha o monopólio das máquinas de loterias da Caixa. As denúncias contra Waldomiro Diniz apontaram para uma tentativa de intermediação, junto à Caixa, para a renovação do contrato com a Gtech.

De acordo com o relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), o depoimento do ex-presidente da Gtech Antonio Carlos de Lino, na última quinta-feira (4), deu a certeza de que Waldomiro Diniz tentou subornar a Gtech para renovar o contrato com a Caixa Econômica.

Também paraa quarta-feira, estão previstos os depoimentos do ex-assessor de Planejamento e Controle da Delegacia Regional do Trabalho do Paraná Marcelo Coelho e de Walter Santos Neto, da MM Consultoria. Waldomiro Diniz será ouvido quinta-feira (11) pela CPI.

No dia 19 de julho, a CPI dos Bingos quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de seis pessoas e três empresas: o empresário de jogos Carlinhos Cachoeira; o ex-secretário municipal de Ribeirão Preto Rogério Buratti, que trabalhava no município na gestão do atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a esposa de Buratti, Elsa Buratti.

Três diretores da empresa Gtech também tiveram os sigilos quebrados: o presidente, Antonio Carlos da Rocha, o ex-diretor da empresa Marcelo Rovai, e o advogado da Gtech, Enrico Gianelli. As empresas W. Way Informática e BBS Consultores também tiveram seus sigilos quebrados pela Comissão.

Porém, as informações geradas pelas quebras de sigilo não chegaram aos parlamentares. Na última quinta-feira (4), integrantes da CPI estiveram reunidos com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para pedir mais agilidade do sistema financeiro no fornecimento de informações sobre a quebra de sigilo bancário de oito pessoas e três empresas. O presidente da CPI, senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), disse que, das 11 solicitações encaminhadas no dia 19 do mês passado, dez venceram no último dia 3 e nenhuma informação chegou ao Senado. O único pedido cujo prazo ainda vai vencer, na próxima terça-feira (9), diz respeito ao sigilo do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz.

A CPI dos Bingos foi instalada no ano passado para investigar a utilização das casas de jogos na lavagem de dinheiro e o envolvimento desse tipo de negócio com o crime organizado. A CPI deve apurar também o envolvimento de Waldomiro Diniz com o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Os dois foram filmados em 2002 negociando propina. Os trabalhos da CPI começaram no dia 13 de julho deste ano.

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