O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil manteve a taxa básica de juro do País em 11,25% ao ano, conforme comunicado emitido no início da noite de hoje, ao fim da reunião do órgão. As justificativas apresentadas pelo Copom, conforme a Folha Online, estão nas projeções de que a inflação se aproximará do centro da meta em breve e o aquecimento da economia. Foi a quarta reunião consecutiva do conselho onde a Selic foi mantida.

“Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 11,25% ao ano sem viés”, afirmou o comunicado emitido após a reunião. O conselho também anunciou que irá “monitorar atentamente a evolução do cenário macroeconômico até a sua próxima reunião, para então definir os próximos passos na estratégia de política monetária”. A manutenção já era aguardada por analistas do mercado financeiro.

A taxa de juro é a ferramenta usada para manter a inflação sob controle: juros muitos baixos estimulam o acesso ao crédito e o aumento do consumo, pressionando os preços caso a produção não consiga suprir a demanda. Juros altos, por sua vez, inibem o consumo e o investimento locais, desacelerando a economia e evitando altas de preços.

Com a manutenção da Selic em 11,25%, o Brasil voltou a ter a maior taxa real de juros do mundo, de 6,73% - à frente da Turquia, com 6,69%, e da Austrália, com 4,89%. Os números são da UpTrend Consultoria Econômica. O juro real é calculado a partir da taxa básica de juros, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.