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Geral

Construtor é condenado a 13 anos de prisão

TJGO - 29 de junho de 2007 - 06:42

O construtor civil Narciso da Silva Peixoto, de 43 anos, foi condenado na terça-feira (26) pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia a 13 anos de reclusão por ter participado da morte de Giovanni Vitorino Pereira, que à época tinha 29 anos de idade. A pena aplicada ao réu, coincidentemente, é igual ao tempo que se passou desde que o crime foi praticado - 2 de abril de 1994. Ele cumprirá a pena em regime inicialmente fechado, na Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara determinou que Narciso permaneça em liberdade enquanto aguarda o trânsito em julgado da sentença, em razão de ter endereço conhecido e responder sempre aos chamados judiciais. Haviam sido denunciados ainda, pelo mesmo crime João Lúcio Gomes, Zaqueu Facina e José Facina. Os dois primeiros morreram e José teve o processo desmembrado.

Crime

De acordo com o Ministério Público (MP), uma semana antes do crime o réu contraiu uma dívida proveniente de gambira com Giovanni, que, ao cobrá-la, foi ameaçado de morte por Narciso, que se encontrava armado de uma escopeta. Na ocasião, o construtor foi seguido por policiais e encaminhado ao 20º Distrito Polícial, onde teve o revólver apreendido. Diante de tal circunstância o cunhado do réu, João Lúcio, comprometeu-se a pagar a dívida. No dia seguinte, Giovanni foi à casa de João Lúcio receber o dinheiro, e por não o ter encontrado, saiu nervoso chutando o carro e o portão da residência dele.

Segundo a denúncia, no dia do crime, Narciso, em parceria de Zaqueu, José e João, que, já não gostavam da vítima por rixas anteriores, resolveram eliminá-la. Decidiram que Zaqueu seria o executor e a arma a ser usada, um revólver do réu. Após terem procurado Giovanni em vários locais, os acusados o encontraram bebendo em um bar do Setor Santa Rita, quando Zaqueu, sem nada dizer, o surpreendeu com dois tiros. Ainda conforme os autos, o autor dos disparos se uniu aos demais comparsas que o aguardavam no carro, e foram à casa de Narciso participar de uma festa de aniversário.


Interrogatório


Ouvido em juízo, o réu negou que tivesse participado do homicídio. Ele disse que no momento do crime estava com os irmãos Facina e João, bebendo em um outro bar, no Bairro Goyá, e que Zaqueu saiu por um tempo para comprar cigarros. Narciso contou também que a vítima é quem lhe devia dinheiro pela venda de um veículo e Giovanni só tinha dado a "entrada" como forma de pagamento. (Sheila Cavalcante)

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