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Congresso discute alívio da dor e medo da anestesia
A dor é geralmente um sintoma benéfico, maneira de o corpo mostrar que algo não vai bem. Entretanto, são cada vez mais comuns as queixas em consultórios de dores que nunca cessam e sem ligação com uma causa específica, as chamadas dores crônicas. Pouca gente sabe, mas uma das especialidades médicas que mais têm se aprofundado na pesquisa e no tratamento da dor crônica é a Anestesiologia. Para discutir o assunto, começou hoje em Brasília o 50º Congresso Brasileiro de Anestesiologia, cujo tema é Ciência Médica para o Alívio da Dor.
Estima-se que 30% dos brasileiros ou 48 milhões de pessoas sofrem algum tipo de dor crônica, sendo as dores na coluna, as cefaléias ou dores de cabeça e nas articulações as mais freqüentes. Na Europa, uma pesquisa divulgada recentemente mostrou que um em cada cinco europeus têm dor crônica, o que causa um prejuízo de 35 bilhões de euros (cerca de R$ 117 bilhões) por causa de ausências no trabalho.
O Congresso também discutirá os vários mitos que envolvem o tema anestesia, como o medo de não acordar depois de uma cirurgia. Para o médico João Pereira Júnior, presidente do Congresso, o risco de uma anestesia depende das condições físicas do paciente, dos equipamentos utilizados e da formação do médico. É importante que se procure o médico anestesiologista antes da cirurgia, para que possam ser avaliadas as condições físicas do pacientes. Se estas não forem boas, o anestesiologista conversa com o cirurgião e desmarca a cirurgia, explicou.
O 50º Congresso Brasileiro de Anestesiologia continua até a próxima quarta-feira.