Max Davidson Alves Coutinho de Almeida é um dos alunos da 8ª série da escola estadual Maria Constança Barros Machado, de Campo Grande, que participaram ontem da pesquisa que vai avaliar a educação em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, o questionário que respondeu não apresentou nenhuma novidade. “As questões eram fáceis. Tudo que tinha lá eu já havia visto em sala de aula. Essa avaliação, pra mim, vai melhorar o desempenho tanto dos alunos quanto dos professores”, afirmou.

O Saems (Sistema de Avaliação da Educação Básica de Mato Grosso do Sul) está sendo aplicado durante toda a semana, nas escolas estaduais, municipais e particulares. Sua finalidade é conseguir um retrato fiel das condições educacionais nas 1.533 escolas pesquisando aspectos objetivos e subjetivos que influem na qualidade do ensino. É um projeto piloto no mundo, que a Secretaria de Estado de Educação (SED) se dispôs a aplicar em parceria com o Inep/MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira / Ministério da Educação).

A prova subjetiva da avaliação – que investiga o grau de satisfação no serviço, as relações interpessoais e fatores psicológicos que influem na qualidade do ensino – foi respondida pelos professores, diretores e demais funcionários das escolas.

Segundo a professora de história, Lucinês Vitória Martinelli, a avaliação possui questões claras, e isso facilita diagnosticar os problemas. “Com o nosso desempenho sendo avaliado, com certeza haverá mudanças. Um dos principais problemas que causam o desestímulo do professor é a falta de interesse dos alunos na aprendizagem. Hoje o professor exerce várias funções. Além de ensinar, ele precisa ser psicólogo, pai, mãe, sobrecarregando seu estado psicológico.”