"Está tudo dentro do previsto, nenhuma turbulência no ar", disse ontem o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao comentar o reajuste dos combustíveis nas refirnarias. O ministro afirmou que "a diretoria da Petrobras é livre para decidir. Nos aumentos, ela normalmente toma decisões um pouco defasada dos movimentos de subida ou descida de preços internacionais, como tomou no ano passado, para baixo, e agora, mais ou menos na mesma proporção, para cima".

Sobre o impacto do reajuste dos combustìveis nos recentes índices de inflação, o ministro disse que "o preço do petróleo só hoje vem a se refletir no Brasil, na medida em que a Petrobras decidiu realizar um reajuste com base na manutenção de preços altos do petróleo internacional. Então, não acho que isso tenha tido alguma influência na inflação nesses dados passados", explicou Palocci.

O ministro afastou a possibilidade de descontrole inflacionário no país. "Não está no ar nenhum risco de a inflação fugir do controle. A inflação está nos limites da meta, está se comportando razoavelmente bem e não há por que pensar em mudanças", disse. Em relação ao comportamento do mercado financeiro, o ministro disse que "não há nada anormal no mercado, a inflação veio dentro da expectativa".

Palocci participou ontem do lançamento dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CPACs), instrumento criado pelo Estatuto da Cidade para possibilitar o financiamento de grandes obras previstas em operações urbanas, sem que o município precise utilizar recursos vinculados ao orçamento municipal. São Paulo é o primeiro município no país a lançar esse título.