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Com efetivo reduzido, PRF desativará dois postos em MS

Adriany Vital, Campo Grande News - 08 de abril de 2009 - 09:58

Com um efetivo de cerca de 400 policiais, 125 deles no setor administrativo, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Mato Grosso do Sul, conta com pouco mais de 270 policiais para fazer a fiscalização em 18 postos espalhados pelo Estado.

A falta de policiais vai levar ao fechamento dos postos de Corumbá, sobre a ponte do rio Paraguai, e de Paranaíba. A situação revelada pelo presidente do SINDPRFMS (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais) Marcos Khadur Rosa Pires, aponta ainda falta de estrutura para o trabalho.

Conforme Khadur, no posto sobre a ponte, a comunicação é precária, apesar de ser fundamental para a fiscalização. Além de condições básicas para a permanência do agente no local como água potável. “Só para ilustrar, os nossos policiais chegam a escovar dentes com água doada por motoristas de ônibus que circular por lá”, revela.

Em trechos considerados de pouco movimento, a segurança dos agentes é a maior preocupação. Segundo o sindicato, para Corumbá, por exemplo, são deslocados apenas dois agentes por turno para atuarem no local bastante usado como rota de tráfico de drogas e roubo de veículos.

Além da falta de estrutura, a localização geográfica dificulta ainda mais o trabalho na região. “É um trecho montanhoso, o rádio comunicador não funciona neste local. Equipamento fundamental para o nosso trabalho”, explica.

De acordo com Khadur, a desativação do posto já foi solicitada pelo inspetor local à Superintendência em Campo Grande e deve ocorrer em questão de dias.

O fim das atividades foi confirmada pelo superintendente Valter Favaro. Segundo ele, o NOE (Núcleo de Operações Especiais) da PRF dará suporte nesse trecho.

Ele explica que a mesma situação ocorre no posto de Paranaíba, também ameaçado de ser desativado. Sendo que nesse, o deslocamento de outros agentes tem auxiliado os trabalhos.

Favaro garante que o baixo efetivo da instituição não tem prejudicado o trabalho de fiscalização e segurança nas estradas do Estado. Na avaliação dele, o número de apreensões e prisões por parte da PRF tem crescido a cada dia.

Mesmo sob ameaça de desativação, a superintendência da PRF tem investido na construção de uma sede própria para a delegacia da instituição em Paranaíba. O posto naquela cidade, funciona com apenas quatro agentes, sendo que dois são chefes de postos.

O quadro foi reduzido com a prisão de oito agentes que atuavam no posto durante a Operação Diamante Negro, deflagrada no ano passado pela Polícia Federal. Dos oitos envolvidos no esquema, dois foram liberados para atuarem no setor administrativo.

No posto de Coxim, a 260 quilômetros de Campo Grande, a situação não é diferente. São 23 agentes para atender 450 quilômetros de malha viária e um intenso fluxo de veículos. Considerando que esse número sofre redução com pedidos de férias, licença médica e outras situações.

Para reduzir o déficit de efetivo, o sindicato pleiteia que agentes classificados no último concurso sejam convocados. Segundo o representante da entidade, para sanar deficiência em diversos posto, a superintendência tem investido em pagamento de diárias.

Os valores chegam a R$ 15 mil ao mês. “Com este valor se manteria dois agentes a mais nos postos”, afirma Khadur.

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