Brasília - A queda de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, a quinta sucessiva desde o início do ano, frustrou o setor industrial. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o corte no juros deveria ser, no mínimo, de um 1,5 ponto percentual - de 20% para 18,5% ao ano. "A decisão de hoje representa uma postura conservadora, considerando que a inflação já refluiu e que centros de manutenção da taxa elevada sobre a atividade produtiva tem sido expressivos", justificou a CNI por meio de nota.

Segundo a CNI, o comportamento favorável da inflação, a queda do Risco-Brasil e a estabilidade do câmbio justificariam um corte maior na Selic. Segundo dados da Unidade de Política Econômica da CNI, mesmo com a redução, as taxas do custo de financiamento permanecem elevadas. Apesar da frustração, o setor industrial espera novas reduções nas taxas de juros nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).