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CNBB critica salário mínimo e elogia combate à corrupção
Nos últimos três dias, os principais dirigentes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) debateram, em Brasília, os projetos da Igreja e os rumos do país. No balanço final da reunião do Conselho Episcopal, críticas para a política econômica e elogios para o combate à corrupção no Ministério da Saúde.
No encontro, os bispos pediram ao governo mais atenção para as necessidades dos pequenos agricultores e dos trabalhadores de baixa renda. O novo mínimo é o mínimo do mínimo. Não melhora a situação de pobreza e miséria da população, alerta o arcebispo de Salvador e presidente da CNBB, Dom Geraldo Majella Agnelo.
Outro tema tratado na reunião foi o desemprego. Para os bispos, o aumento dos índices está relacionado com a falta de investimento no setor produtivo. O Brasil está amarrado em uma armadilha. O país não pode parar por causa da dívida externa, defende o vice-presidente da CNBB, Antônio Celso de Queirós.
Bispo de Catanduva (SP), Queirós não concorda com o uso do argumento emprego para a liberação do funcionamento dos bingos. Essa desculpa não convence. A jogatina só cria mais problema, de vício à corrupção, acredita o bispo, que criticou a a rejeição, no Congresso, da medida provisória que proibia os jogos de azar. Precisamos agora de um projeto de lei. A medida provisória costuma estar submetida a interesses políticos. Por isso, só deve ser apresentada em casos excepcionais.