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Cistos renais têm tratamentos simples, mas requerem atenção

Portal APCD - 29 de agosto de 2015 - 13:30

A presença de cistos nos rins pode ser mais comum do que se imagina. Estima-se que entre 30% e 50% das pessoas acima de 50 anos apresentem o problema sem saber (a variação da incidência se deve ao fato de não haver estudos recentes e pontuais sobre essa condição).

Essas formações são como bolhas cheias de líquido claro, que surgem por causa da obstrução de um dos milhares de ductos presentes no órgão. A maior parte dos cistos é periférica e, por isso, quase não causa sintomas.

Descobertos normalmente durante um check-up, a partir da realização de ultrassonografia de rotina, as lesões localizadas no rim podem apresentar diversos tamanhos, tendo em média 5 cm, mas podendo variar de 1 cm a 20 cm. “O cisto não deve ser menosprezado por causa da dimensão. Podemos compará-lo, por exemplo, a uma pinta. Quase todo mundo tem, e é possível conviver com ela sem maiores problemas. Ela estará sempre ali, independentemente do tamanho, e a maioria não causa problemas. Mas, de forma frequente, será necessário acompanhar aquelas já existentes e analisar novas pintas a fim de diagnosticar uma possível lesão”, compara Cassio Andreoni, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Na maioria das vezes, os cistos renais não têm repercussão na saúde como um todo e raramente provocam dores, sangramento na urina ou pressão alta. Essas condições dependerão da localização do cisto: em casos de incidência de cistos no meio do rim, pode haver compressão das estruturas ao redor, principalmente se houver proximidade das artérias. “É incomum, mas algumas pessoas podem apresentar pressão alta devido à presença do cisto. Também há o risco de comprimir a via urinária e impedir o fluxo da urina, causando dor. Porém, esses dois quadros são raros”, explica Cássio.

Nem todo cisto precisa de tratamento e é possível conviver com ele sem eventuais problemas de saúde – o mais comum é realizar um acompanhamento semestral no início e anual se o quadro se mantiver estável. No entanto, uma punção pode ser realizada se o médico especialista julgar necessário. A intervenção consiste no uso de uma agulha fina, introduzida na região, para sugar o líquido e, posteriormente, injetar uma substância que cola as paredes do cisto. Se o cisto for grande e tiver mais de 500 ml de líquido, o procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia.

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