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Geral

Choque de trens deixa oito mortos e mais de 100 feridos

Vladimir Platonow /ABr - 31 de agosto de 2007 - 06:52

Rio de Janeiro - Uma colisão entre dois trens, um levando cerca de 700 passageiros e outro vazio, provocou a morte de oito passageiros e deixou outros 111 feridos, segundo números divulgados pelo governo do Rio. O acidente ocorreu na tarde de ontem (30), a 200 metros da estação de Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O trem carregado havia saído às 15h10 da Central do Brasil, com destino a Japeri, quando colidiu, uma hora depois, com uma composição que vinha em sentido oposto e finalizava uma manobra em um dos desvios. Foram atingidos os dois primeiros vagões do trem de passageiros, que acabou saindo dos trilhos.

Os feridos foram distribuídos por quatro hospitais da região e o posto de saúde local, sendo que a maioria foi levada para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. A informação sobre o número de vítimas foi passada pelo chefe da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, que esteve no local para dar início às investigações sobre as causas da tragédia.

“A polícia está investigando os motivos que levaram a este acidente, identificando se houve uma falha mecânica ou humana e, a partir daí, dizer quem é responsável por esta colisão”, disse Ribeiro.

O presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Vilmar dos Lemos, conhecido como Índio, inspecionou o local e acusou a falta de manutenção dos trilhos por parte da Supervia como uma das possíveis causas do acidente. Índio mostrou um documento, datado de 2001, quando teria informado as irregularidades ao Ministério Público Estadual.

“Alguns desvios estão sendo retirados pela Supervia, sendo sucateados e sofrendo canibalismo. Neste caso, a linha serrilhou, abriu, e com isso o vagão tombou. É um conjunto de problemas. A Supervia é total responsável por esse processo, que não foi falha humana, mas falha técnica. Falta de investimento”, apontou o sindicalista.

A assessoria de comunicação da Supervia informou que a empresa só vai se posicionar após a conclusão do laudo da perícia, que deve ocorrer em dez dias. Também disse que, antes desse prazo, qualquer conclusão é prematura e precipitada.

O secretário estadual dos Transporte, Júlio Lopes, foi pessoalmente acompanhar os trabalhos de resgate e afirmou que a prioridade é retomar o serviço de trem o mais rápido possível no ramal de Japeri. Segundo ele, ônibus poderão ser usados para transportar os passageiros no trecho interrompido.

A Supervia informou que hoje (31) o ramal estará operando, em princípio, só da Central do Brasil até a estação de Comendador Soares, mas que todos os esforços estão sendo feitos para normalizar a linha o quanto antes.



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