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Centro-Oeste tem 2ª pior habilitação de professores

Maristela Brunetto / Campo Grande News - 25 de maio de 2004 - 08:59

Pesquisa da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) divulgada na tarde desta segunda-feira em Brasília traçando um perfil dos professores brasileiros coloca o Centro-Oeste do País na constrangedora posição de ter a segundo menor quadro de docentes habilitados para o magistério. A Fetems e a Secretaria Estadual de Educação apontam que este cenário não é o reflexo de Mato Grosso do Sul.
A análise aponta que a região Norte (14,8%) e a região Centro-Oeste (14,2%) são as que mais possuem professores sem a habilitação. Em dados gerais, a pesquisa com 5 mil professores aponta que 67,6% têm ensino superior e 32,3% só concluíram o ensino médio. Pelos dados de 2002 da Secretaria de Educação, apenas dois mil professores de ensino fundamental não tinham o ensino superior. A gestora do ensino fundamental da Secretaria, Maria Ângela Fachini, diz que em Campo Grande todos os professores têm formação superior e lembrou que há nove pólos da UEMS formando professores que ainda não tem diploma. Ela destacou ainda cursos de capacitação, além da formação universitária.
No Brasil há 1,69 milhão de docentes. Destes, 82% estão na rede pública e 18% na rede particular. Os professores de escolas privadas ganham mais- 43,5% recebe de 10 a 20 salários, enquanto só 27% dos que atuam com o ensino público estão nesta média salarial.
O Centro-Oeste é o terceiro em relação ao valor dos salários. Na região, 26,8% ganham acima de 10 mínimo. No Sudeste e Sul do País os professores ganham mais. No caso de professores da rede estadual com formação superior e carga de 40 horas semanais, o salário é de R$ 1,2 mil.
Apesar dos salários não serem um atrativo à profissão, mais da metade dos professores vive, ou sobrevive, com apenas um emprego. Um dado que prova a sobrecarga de profissionais: para melhorar os vencimentos, 2,9% dos docentes brasileiros atuam em quatro ou mais escolas, correspondendo a 48 mil professores. Segundo a presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Mara Carrara, há professores que chegam a cumprir carga de 60 horas semanais.

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