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Centrais não aceitam salário mínimo menor que R$ 350

Ivan Richard/ABr - 21 de dezembro de 2005 - 17:59

Os representantes das centrais sindicais disseram hoje (21), logo após o encerramento da reunião que discutiu o reajuste do salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda, que não aceitam um reajuste abaixo de R$ 350. A intenção dos representantes das classes trabalhistas é fixar o valor do salário mínimo em R$ 400 para o ano que vem. As negociações serão retomadas no dia 11 de janeiro.

"Não concordamos nem com R$ 350. Queremos um valor maior que este. Temos a nossa reivindicação e estamos abertos à negociação. Mas enquanto não houver mudança de posição dos dois lados a nossa reivindicação é de R$ 400", afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Felício, após a reunião com os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e da Previdência Nelson Machado, em Brasília.

Luiz Marinho deixou claro que a intenção das centrais sindicais, de reajustar o salário mínimo a R$ 400 reais, não será aceita. "Isso seria impossível, não por falta de vontade do governo, mas há impossibilidade orçamentária", disse.

O presidente da CUT disse ainda que as centrais sindicais irão trabalhar em diversas frentes na tentativa de conseguir o maior reajuste possível para o mínimo. Segundo sindicalista, eles darão continuidade nas negociações com o governo e ampliarão o diálogo com Congresso Nacional. O objetivo central, destacou o presidente da CUT, é tentar um acordo com o executivo.

Outra questão debatida pelas centrais sindicais foi a política de reposição do salário mínimo. "Seria uma grande conquista do povo brasileiro sair dessa demagogia que às vezes ocorre no Congresso Nacional. Cada um fica sacando números, utilizando os trabalhadores como massa de manobra. Portanto, a política de reposição a médio e longo prazo também é uma questão que não abrimos mão", disse João Felício.

Ele ressaltou que qualquer elevação substancial no salário mínimo atinge também o piso de diversas categorias profissionais. "Aumento real no salário mínimo significa elevar o poder de compra de dezenas de categorias profissionais. O problema central não é simplesmente resolver a questão daqueles que estão vinculados ao mínimo, mas provocar uma elevação do poder de compra, uma elevação do salário médio das pessoas de baixa renda. Por isso o mínimo tem sido uma questão extremamente importante na vida política nacional", concluiu.

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