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Catarata afeta o sono e a função cognitiva

Portal Segs - 23 de julho de 2015 - 14:00

Se você estiver se sentindo cansado e sonolento durante o dia, talvez seja hora de fazer a cirurgia de catarata que você vem adiando. Um estudo recente descobriu que as pessoas com catarata, muitas vezes, experimentam má qualidade do sono.

De acordo com os pesquisadores japoneses, a eficiência do sono foi de 85,8% em uma análise multivariada totalmente ajustada para pacientes que haviam sido submetidos à cirurgia de catarata em comparação com a eficiência do sono de 84,4% entre pacientes que não se submeteram à cirurgia.

“A catarata avançada pode reduzir a quantidade de luz que atinge a retina na parte posterior do olho e isto pode causar mudanças no ritmo circadiano, o que afeta o sono do paciente. A remoção da catarata deixa a luz entrar nos olhos novamente, o que pode normalizar o ritmo circadiano e restaurar a qualidade do sono. Isso acontece porque a catarata tende a absorver a luz azul e a luz azul é do comprimento de onda fundamental para o controle do ritmo circadiano”, explica o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

Além de melhorar a eficiência do sono, os pacientes do estudo também apresentaram 33% menos chances de serem diagnosticados com transtornos cognitivos. Segundo os pesquisadores, as pessoas que têm padrões de sono perturbados são mais propensas a apresentar prejuízos cognitivos.

“Na população idosa, em geral, a cirurgia de catarata é significativamente associada a uma melhor qualidade do sono e de função cognitiva. Sabemos que as pessoas idosas têm catarata e também sabemos que os idosos têm problemas para dormir, então este pode ser um mecanismo que influencia o sono", diz o médico, que é membro da ALACCSA, Associação Latino-Americana de Cirurgiões de Córnea, Catarata e Cirurgias Refrativas.

O estudo, que foi realizado no Japão, foi apresentado durante o SLEEP – 2015, reunião anual da Associated Professional Sleep Societies, que aconteceu em junho, em Seattle, EUA. Os pesquisadores recrutaram 934 indivíduos saudáveis ​​que tinham pelo menos 60 anos de idade. Do total de indivíduos no estudo, 780 não tinham feito a cirurgia de catarata; os restantes 154 foram submetidos ao procedimento. O estudo incluiu 499 homens, ou 53,4% do total.

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