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Cassilândia: Santa Casa divulga nota à imprensa

07 de maio de 2010 - 11:43

NOTA À IMPRENSA

A Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Cassilândia, doravante denominada simplesmente Santa Casa, em consideração às declarações feitas pelos médicos Dr. Dairson Paulino de Castro e Dr. Paulo César Abud, no programa “Rotativa no Ar”, veiculado no dia 29 de abril do corrente ano, torna público que:

Em primeiro lugar, deve ser lembrado que a Santa Casa é uma entidade privada, sem fins lucrativos, destinada e comprometida com a promoção da saúde para os cidadãos deste Município.

Como todas as Santas Casas, a nossa Santa Casa depende do dinheiro público para sobreviver, ou seja, de repasse do Município e do SUS. Por isso, é o convênio que a Santa Casa tem com o Município de Cassilândia e com o SUS que garantem o pagamento dos funcionários, dos equipamentos e dos próprios médicos.

Vale dizer que os administradores da Santa Casa são homens que doam seu trabalho e seu tempo para a Instituição, não recebendo em troca nenhum salário.

Sem sombra de dúvidas, criticar a Administração da Santa Casa é mais fácil e barato que trabalhar, gratuitamente, em prol da sociedade e pelo bem comum.

É interessante notar que as críticas que vieram ao “Ar” pelos eminentes Doutores estão sendo feitas logo após uma reestruturação na Administração da Santa Casa, que teve início com a aprovação de seu novo Estatuto Social, cujo teor foi inclusive publicado no site do Cassilândia News.

A História conta que as mudanças de gestão, quando feitas para conferir mais seriedade, exigir mais responsabilidade e garantir mais eficiência, são alvo de críticas tortas, cuja finalidade é apenas de impedir a mudança para melhor.

As palavras desonrosas dirigidas contra a Administração da Santa Casa pelo Dr. Paulo Abud não ofendem os atuais administradores, cuja atuação sempre foi compromissada, respeitosa e pautada em valores maiores, como a liberdade, a igualdade e especialmente a fraternidade, valores estes pregados por muitos, mas vivenciados por pouquíssimos.

Por exemplo, a Administração atuou com máxima Liberdade quando pediu o descadastramento do Dr. Paulo Cesar Abud como médico plantonista da Santa Casa poucos dias antes de sua declaração na Radio Patriarca. Agiu Livre das amarras sociais, das redes de influência, das retaliações que sabidamente viriam sobre ela.

E a Santa Casa pediu o descadastramento deste médico porque no dia 22 de abril ele se ausentou de seu plantão mais cedo, pondo em risco o atendimento dos pacientes e a própria responsabilidade da Instituição. Nesse dia, por volta das 5:30 horas, um paciente, senhor de idade, chegou aparentemente em estado grave na Santa Casa, e o Dr. Paulo Abud, que era o plantonista, já não estava mais no Hospital.

Por coincidência, logo em seguida o Provedor chegou para sua visita diária ao Hospital, e o filho desse paciente, desesperado, pediu que não deixasse seu pai morrer.

O Provedor então telefonou para o celular do Dr. Paulo Abud e este atendeu. Questionado porque ele não estava no hospital e solicitado o seu imediato regresso, o Dr. Paulo Abud se prestou apenas a dizer que já tinha determinado, por telefone, que a Enfermeira fizesse uma lavagem intestinal, e desligou o telefone imediatamente, interrompendo o diálogo.

Em seguida o Provedor ligou para o Dr. Paulo Batista, que prontamente se dirigiu ao Hospital.

O filho do paciente, que veio a falecer às 10 horas da manhã, denunciou o ocorrido ao Ministério Público, que cobrou da Santa Casa, através de ofício, quais as providências foram tomadas para responsabilização do médico plantonista que estava ausente durante seu turno de plantão.

A Santa Casa não pode divulgar no nome do paciente e nem de seu filho, porque não tem autorização para tanto.

Em decorrência desse grave acontecimento, no dia 26 de abril a Diretoria Administrativa da Santa Casa solicitou do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal, através de Ofício, que o Dr. Paulo Cesar Abud seja descadastrado do quadro de médicos plantonistas.
Coincidência ou não, depois do acontecido o Dr. Paulo Abud veio à Radio Patriarca dizendo que a Administração da Santa Casa é amadora. A pergunta que a Santa Casa deixa no ar é: quem está verdadeiramente atuando com profissionalismo?

Com relação às declarações do Dr. Dairson de Castro, a Santa Casa tem a dizer que comunga, mas apenas em parte, com suas opiniões.

Tanto comunga que no dia 06 de abril de 2010, na primeira reunião dessa nova gestão, sob esse novo Estatuto, a Santa Casa preocupou-se em colher a opinião dos médicos que ali trabalham, suas sugestões e reclamações, para que fizessem parte da programação anual da Administração.

Como se percebe pela leitura da Ata, a reunião foi iniciada pelo Provedor da Santa Casa enumerando os seguintes itens de equipamentos e sugestões que gostaria que fossem adquiridos, reformados e/ou reorganizados dentro do seu mandato: CONSERTO DE EQUIPAMENTOS: 01. Conserto de Aparelho de Raio X. 02. Conserto de maquinário lavanderia (já realizado). 03. Casa do Lixo. AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS: 01. Raio X. 02. Processadora. 03. Ar condicionado. REFORMA DO IMÓVEL: 01. Troca das portas (centro) no bloco cirúrgico. 02. Reforma de um apartamento. 03. Adequação espaço laboratório p/ mini UTI. CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS: 01. Três enfermeiras. 02. Um técnico em Raio X. 03. Um administrador hospitalar. INFORMATIZAÇÃO: 01. Informatizar a Farmácia. 02. Programa de faturamento.

Note-se que as críticas trazidas pelo Dr. Dairson de Castro e pelo Dr. Paulo Abud são, em verdade, necessidades já vislumbradas pela Administração e expostas aos médicos em reunião específica para esse fim.

Inclusive, com base na reclamação do Dr. Dairson feita nessa reunião, relativamente ao material de ortopedia, a Santa Casa, no dia 28 de abril, ou seja, no dia anterior de suas “Declarações” na rádio, encaminhou a este profissional um ofício com a seguinte solicitação: “Ilustríssimo Doutor Dairson Paulino de Castro, vimos por este solicitar de Vossa Senhoria que providencie o mais rápido possível uma listagem com todos os materiais e equipamentos que precisam ser adquiridos, para um atendimento adequado pela Clínica e Cirurgia Ortopédica. Sem mais, atenciosamente, João Aluísio Torres”. A cópia deste ofício segue em anexo.

Veja-se, ao invés do Dr. Dairson responder ao Ofício, o que seria a conduta profissional esperada, preferiu polemizar, como se a Santa Casa nada tivesse feito. O fato é que o Dr. Dairson até hoje não respondeu à Santa Casa, formalmente, quais os materiais e equipamentos estão faltando para seu adequado trabalho. Assim fica realmente difícil atendê-lo.

A Santa Casa ainda se vê na necessidade de se defender da afirmação do Dr. Dairson quanto à falta de aparelhagem para o atendimento do caso do Senhor Laudigínio e quanto à alegada deficiência do aparelho de Raio X. A verdade é que a Santa Casa não pode oferecer aparelhos, equipamentos e materiais para cirurgias de média e alta complexidade, porque não recebe recursos para isso. Se o procedimento médico se enquadra nessas categorias, ou seja, se foge da baixa complexidade, a responsabilidade jurídica é assumida unicamente pelo profissional médico.

O que a Santa Casa não pode fazer é impedir que um médico interne um paciente no Hospital, porque essa decisão é de sua exclusiva competência.

Quanto à questão do Raio X, se analógico ou digital, a questão se resolve em três aspectos. O primeiro aspecto é que a Santa Casa não está comprando o aparelho, mas sim o recebendo por convênio com o Município. O segundo aspecto é saber se um aparelho digital é realmente necessário em Cassilândia, ou se o analógico pode atender adequadamente nossa população. O último aspecto é saber qual o custo do aparelho de Raio X, seja analógico, seja digital, é suportável pelo Município, pois embora queiramos sempre o modelo mais caro, geralmente acabamos comprando um mais barato, porque questão de possibilidade financeira mesmo.

Só após o esclarecimento desses três aspectos é que o médico teria legitimidade para criticar o novo aparelho de Raio X que virá para a Santa Casa.

Diga-se, ainda sobre o Raio X da Santa Casa, que mesmo “ruim”, na visão do médico, é o único aparelho fixo que hoje funciona na cidade.

Quanto aos demais médicos, a Santa Casa registra seu orgulho e satisfação em tê-los em seu Corpo Clínico. Em verdade, os médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e demais profissionais são o coração pulsante da Santa Casa.

Por fim, a Santa Casa volta a lembrar de sua condição de Hospital filantrópico. Gostaríamos de aproveitar essa oportunidade para, junto da Rádio Patriarca e demais veículos de comunicação, realizarmos uma campanha de valorização de nossa Santa Casa, onde todos os dias pessoas são salvas e doentes são curados.

Precisamos mobilizar a sociedade para arrecadar fundos para nosso Hospital, da mesma forma que hoje se arrecada, aqui mesmo, para o Hospital do Câncer, em Barretos. Nosso trabalho é filantrópico, e sem o apoio concreto da Sociedade torna-se impossível fazê-lo.

Terminando, cumpre dizer que a crítica, quando construtiva, é saudável e a Santa Casa precisa dela para corrigir seus defeitos e melhorar seu atendimento. Entretanto mesmo a crítica feita por mera retaliação, por vontade de atrapalhar, de achincalhar, mesmo essa crítica pobre de espírito, embora seja desagradável de ouvir, também serve como um martelo para o prego: quanto mais aquele bate, mais o prego ganha firmeza.

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