Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sábado, 27 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Cassilândia - Leitora envia duas preciosidades

26 de setembro de 2006 - 07:23

A cassilandense Carmozina Aparecida da Silveira, hoje residente em São José do Rio Preto, guarda preciosidades sobre a história de Cassilândia. Além de textos, fotos. Hoje, ela manda mais uma colaboração que poderia ir para o Museu de Imagem e Som da cidade, se tivesse.
Jair Nunes Chaves, segundo ela, era o compositor da época conhecido como Chavino. Ela têm duas musicas de sua autoria. A primeira conta como foi a morte de Joaquim Balduino de Souza, o Cassinha, fundador de Cassilândia. Ele foi assassinado, na balsa de sua propriedade, porque uma família achou que ela teria responsabilidade em um crime. A cidade, com o tempo, achava que ele "não estava batendo muito bem", porque ficava olhando para o sol e tinha um carrinho puxado por cachorros.

A segunda música lembra o tempo em que Cassilândia era grande produtora de café. Hoje, não existe mais nenhum pé.

MORTE DO CASSINHA

Letra e música de Chavinho – Toada

Declamado

Muita gente ainda não sabe

Como foi triste o passado

De um fazendeiro rico

Ficou louco esse coitado

Olhava o sol durante o dia

E de noite nem dormia

Numa cruz ele abraçado.

O passado do Cassinha

E bom a gente nem lembrar

Era muito caridoso

E só vivia a trabalhar

Mais por causa de um engano

Da morte de um baiano

Esta história eu vou contar.

Cantado I

Um dia veio uns baianos

Seu filhinho atravessou

Um recado pro seu pai

O menino que levou

Não sabia o Cassinha

Que seu dia já chegou

Quando foi a tardezinha

Na espera do Cassinha

Lá no porto eles chamou.

II

O Cassinha tava triste

Ainda era alucinado

Ainda teve o destino

Foi atender o chamado

E cumprindo o seu dever

De um cidadão honrado

Quando chegou lá no porto

Os baianos olhavam torto

Já estava combinado.

III

O Cassinha foi chegando

Muito simples e descuidado

Os baianos perguntaram

Quando estava do outro lado

A morte do Miguel Ramos

Você é um dos culpados

O Cassinha respondeu

O seu corpo até tremeu

Pediu pra ser perdoado.

IV

O Cassinha ainda falou

Vocês estão muito enganados

Os homens não diziam nada

Com Jeito de malvado

Sacou de seus revolveres

O gatilho foi puxado

A rajada que se deu

O Cassinha ali morreu

Com o sangue derramado.

V

Mais deixou uma lembrança

Que será sempre lembrado

Cassilândia é uma flor

Que deixou bem começada

Uma Praça São José

Foi pro ele presenteada

Nunca vi bonita assim

Uma rua não tem fim

Com o seu nome gravado.





CASSILÂNDIA

Letra e música: Chavinho – Guarânia



Cassilândia é uma cidade,

Deixa o povo admirado.

Por ela ser muito nova,

E muito tem aumentado.

Eu aqui nesta cidade,

Sempre tenho observado.

Muita gente vem de longe,

Chega aqui fica parado.



O futuro desta cidade,

É a terra ser massapé.

A lavoura é muito bonita,

Principalmente o café.

Os lavouristas fazem suas plantas,

Que não perde nenhum pé.

A pobreza fica alegre,

Não fica rico quem não quer.



Das cidades de Mato Grosso,

Cassilândia faz sucesso.

Sua fama corre longe,

Porque tem muito progresso.

Quem gosta de terra boa,

Vem aqui não volta mais.

Mora nesta terra rica,

É fronteira de Goiás.



Moro aqui pra toda vida,

Isto é minha intenção.

Se for preciso que eu saia,

Quanto dói meu coração.

Vou cantando esta guarânia,

Pra levar recordação.

Desta cidade tão linda,

Pouco tempo era sertão.



Essas preciosidades estão surgindo, depois que a Rádio Patriarca iniciou um programa todos os sábados, com a finalidade de descobrir os pioneiros da cidade, em cada profissão ou atividade.

SIGA-NOS NO Google News