A personalidade de hoje é uma daquelas que não encontramos ninguém para apontar algum defeito seu. Nasceu em Cassilândia no dia 01/09/1964, na zona rural, mais precisamente na Fazenda Barra. É filho do Sr. Guilherme de Oliveira e da D. Francisca Garcia de Oliveira. Com ele, nasceram mais dezesseis irmãos. Apenas nove ainda estão vivos.

Começou a trabalhar bem cedo, aos cinco anos de idade, na roça. Passou a sua adolescência inteira no mesmo serviço, o que, para ele, não pode ser considerado difícil. Saiu da fazenda apenas para trabalhar na construção de um importante clube da cidade: o CERCA. Sob o comando do seu Mussa, como carinhosamente é tratado por esta pessoa, lembra de todos os detalhes da construção, onde labutou como servente de pedreiro.

Finalizou a obra e partiu para a cidade. Aqui chegando, participou ativamente de diversos grupos de jovem, entre os quais destacamos a JAVA (Juventude Alegre Vivendo Amor e a JACC (Juventude Alegre Católica Cassilandense) até os vinte e cinco anos. Através destas participações, consquistou a amizade e admiração do povo cassilandense, seu maior orgulho. Em conversa informal, destacou a importância dos grupos de jovens na formação do caráter, dizendo ainda que o problema das drogas seria facilmente resolvido se os jovens estivessem participando de tais grupos.

Sete acontecimentos marcaram e marcam a sua vida: a Festa do Peão, segundo ele, é o que mais espera durante o ano. Com tristeza, lembra dos falecimentos de seu irmão Lucídeo Garcia de Oliveira, em Chapadão do Sul, e dos amigos Mirene (do Lúcio), Vanderley de Carvalho, Joaquim Pernambuco, Oswaldo Baiano e o José Luis de Lima (o ligeirinho).

Santista roxo, sempre participou dos eventos desportivos da cidade. Quando tinha o CAC então, não perdia um jogo. Em campeonatos nos clubes, geralmente podíamos vê-lo ajudando como gandula.

Acorda diariamente às três horas da manhã. Pega os seus instrumentos de trabalho e, antes de entrar no serviço, dá uma passadinha na praça. O motivo é bastante conhecido: ajoelha-se em frente a igreja matriz e faz a sua oração. Reza por tudo e para todos. São quinze minutos de uma verdadeira benção a cidade. Um trecho de sua oração resume a simplicidade e o amor desta personalidade com os seus semelhantes: "Senhor, abençoar o trabalho, e não deixar faltar o pão na mesa do trabalhador. Jesus, abençoe a juventude do Brasil para viver no amor de Cristo."

Após a oração, ele entra no trabalho. Ele é gari. Quando dá dez horas da manhã está chegando em casa para o almoço. E não pensem que logo após haverá tempo para a sesta. "Ainda há muito o que fazer" afirma. Ele então pega o seu carrinho e vai para as ruas recolher material reciclável. Só volta para a casa quando o carrinho está cheio ou quando está na hora de ir para a escola. É, ele ainda estuda até as vinte e duas horas. Está cursando a oitava série. Tanta dedicação lhe garantiu o título de Operário Padrão, agraciado pelo Rotary Clube de Cassilândia.

A personalidade de hoje é muito mais que isso: é um exemplo de vida. Seu nome, pouco conhecido, é Alcides Garcia de Oliveira. Seu apelido, que para nós já se tornou nome, é o velho amigo Cibalena, pessoa muito humilde, lutadora e que, com certeza, faz parte das personalidades de Cassilândia.