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Casos de dupla vacina superam os de febre amarela

Agência do Rádio - 29 de janeiro de 2008 - 07:27

Diante da notificação de alguns casos de febre amarela houve uma corrida em busca da vacina em todo o País. No Distrito Federal, quando começaram as mortes de macacos, a estimativa era de que 250 mil pessoas precisavam da dose. Mas, até agora, cerca de 1,3 milhão já passaram pelos postos. Em Goiás, o quadro da revacinação também pode ser alarmante: o estado possui 5,8 milhões habitantes e imunizou cerca de 6,8 milhões. O Ministério da Saúde informou que 31 pessoas foram hospitalizadas apresentando reações adversas à vacina: 11 em Goiás e 20 no Distrito Federal. O número preocupa porque supera bastante os 12 casos confirmados da doença este ano. O presidente da Sociedade Goiana de Infectologia, Marcelo Cecílio Daher, explica o que pode causar uma dose dupla de vacina da febre amarela em um período curto de tempo.


"Se eu faço a vacina, e eu tenho produção de anticorpos, quando eu tomo a outra vacina, o que vai acontecer é que meus anticorpos que já foram produzidos com a primeira dose vão eliminar a vacina. O que pode ocorrer, às vezes, é, que com intervalos curtos da vacina, como o vírus é vírus vivo, eu vou estar inoculando uma quantidade de vírus maior. Porque, quando eu tomo a vacina, eu simulo uma febre amarela só no meu organismo, mas sem ter sintomas clínicos, sem ter manifestação da doença externa, só internamente. Agora, corre o risco de a pessoa tomar a vacina e ter um sintoma como o da febre amarela."

O infectologista diz que o vírus se multiplica no fígado e pode prejudicar as células do órgão. Ele também adverte que o excesso de vacina pode diminuir o efeito imunizante, ao contrário do que se pode pensar.


"Uma dose mais alta da vacina, ao invés de dar uma proteção que dure muito tempo, ela dá uma proteção que dura menos tempo."

Marcelo Cecílio diz ainda que os efeitos adversos da vacina são pouco comuns e, na maioria das vezes, são totalmente reversíveis, mas existem registros de mortes por quem exagerou na dose. Por isso, ele pede para que a população confie nos técnicos e só se revacinem contra a febre amarela de dez em dez anos.

De Brasília, Leilane Alves

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