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Cartão telefônico terá informações sobre hepatite

Irene Lôbo/ABr - 24 de outubro de 2003 - 09:24

A partir do próximo mês os usuários da Brasil Telecom encontrarão nos cartões telefônicos informações sobre as hepatites, doenças infecciosas que causam inflamação no fígado e podem matar. Serão mais de 6 milhões de cartões com as mensagens “Hepatite B tem vacina. Você só fica protegido com três doses da vacina. Ela não transmite hepatite e não altera a evolução da doença de quem já tem o vírus”.

Serão dois cartões com dados sobre a prevenção da hepatite B e dois com informações da hepatite C. Em relação à hepatite B, as pessoas vão ficar sabendo que ter outro tipo de hepatite, gripe ou HIV não impede a vacinação e que não é necessário fazer exames para se vacinar.

Para a hepatite C, há esclarecimentos sobre a transmissão sangüínea e o risco de agulhas e seringas no uso compartilhado de drogas injetáveis. Também alerta as pessoas que realizaram transfusões de sangue antes de 1993 para a necessidade de fazer o exame de hepatite C.

A prevenção da Hepatite B é feita com a aplicação de três doses da vacina. A primeira é administrada ao nascer, a segunda, ao final do primeiro mês de vida, e a terceira, aos seis meses. A vacina também é oferecida para pessoas na faixa etária de 1 a 19 anos, bem como para pessoas pertencentes a grupos de risco, tais como os imunodeprimidos, os profissionais da área de saúde e os profissionais do sexo, em qualquer faixa etária.

No Brasil, há cerca de 2 milhões de portadores crônicos da hepatite B e 3 milhões de hepatite C, a maioria sem saber que está com a doença. Essas 5 milhões de pessoas representam quase oito vezes mais o número de portadores de HIV.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para a existência de 2 bilhões de infectados pelo tipo B, em todo o mundo, dos quais 325 milhões são casos crônicos.

Com relação à hepatite C, dados da OMS indicam cerca de 170 milhões de portadores, o equivalente à população brasileira. Para o organismo internacional, esta é a doença crônica infecciosa mais importante hoje no mundo.

Apesar de existir tratamento para hepatite crônica (B ou C), o vírus só é eliminado em metade dos casos. Por isso, difundir informação sobre como se prevenir é uma das principais formas de controlar a doença.

Hepatites – As hepatites são doenças infecciosas que levam à inflamação do fígado, podendo causar a morte. Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre a pessoa que está com hepatite apresenta sintomas como pele amarela, urina escura e fezes brancas. Em muitos casos, ela é “silenciosa”. Quando é diagnosticada, o fígado já está comprometido, dificultando a recuperação do paciente, levando-o ao óbito.

A distribuição da doença é mundial, sendo que a ocorrência dos diferentes tipos varia de região para região. De acordo com estimativas da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Brasil apresenta diferentes níveis de prevalência da doença, dependendo da região. Há evidências de alta prevalência na Amazônia, por exemplo, assim como nas regiões oeste do Paraná e Santa Catarina e no Espírito Santo.

No Brasil, no entanto, ainda não existem estudos capazes de estabelecer a real prevalência da hepatite C. Dados originários dos exames de triagem de doações de sangue na rede de hemocentros, porém, apontam para um percentual de positividade de 1,2%.

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