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Carne: aumento do consumo não é maior rentabilidade

Sato Comunicação - 15 de abril de 2008 - 20:10

“Aumento de consumo não significa necessariamente aumento de rentabilidade”. O alerta é do coordenador de unidade da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Robson Souto, após a divulgação da previsão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de que o consumo interno de carne bovina deve aumentar cerca de 1,6% em 2008, se o crescimento do PIB nacional atingir 4,5%, neste ano. De acordo com dados do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, este aumento de consumo poderá atingir os 2%, num quadro otimista de crescimento de 6% do PIB no mesmo período.

Segundo o coordenador, ainda que momento vivido pela pecuária de corte no Brasil, de um modo geral seja bom, em que os preços têm se mantido firmes, em alta, isso não significa necessariamente aumento da rentabilidade para os produtores rurais. “Muito se deve ao aumento dos custos de produção da pecuária de corte, principalmente dos insumos”, justifica Souto.

Sobre o caso de Mato Grosso do Sul em particular, ele explica que desde a ocorrência em 2005, dos focos de febre aftosa nos municípios de Eldorado, Japorã e Mundo Novo, a pecuária do estado vem sendo penalizada com preços baixos, que chegaram a atingir patamares inferiores aos custos de produção. “Isso fez com que o setor ficasse descapitalizado. Então devemos pensar primeiro em reposição de capital, em recuperação e equilíbrio do setor, antes de falar em real aumento da rentabilidade da atividade”, analisa.

Preços e consumo
Souto lembra também que o aumento e estabilidade dos preços no mercado brasileiro se devem, principalmente, ao aumento interno do consumo de carne, que a exemplo de outros países emergentes é devido ao efeito da melhor renda sobre o poder de compra dos consumidores.

“Outro fator que também! contrib ui para manter os preços estáveis é a redução do rebanho bovino que pode ser observado no país e em Mato Grosso do Sul em especial, segundo dados preliminares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”, cita Robson Souto. Ele finaliza lembrando que, “como qualquer outro setor da economia, o setor da pecuária de corte está submetido à lei universal de mercado, da oferta e demanda”.

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