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Candidatos registram denúncia coletiva e vão pedir anulação de prova

Campo Grande - 10 de setembro de 2018 - 08:20

A polêmica envolvendo o vazamento de conteúdo de provas do Concurso Público da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul neste fim de semana levou dezenas de candidatos a registrarem um boletim de ocorrência coletivo em Campo Grande. O fato veio à tona neste domingo (9), depois de denúncias envolvendo a circulação de "prints" do texto em grupos de WhatsApp.

Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, pelo menos 30 concurseiros lotaram o saguão hoje para assinar o documento e solicitar preservação de direito.

As provas para escrivão e investigador desta 5ª fase do processo seletivo começaram a ser aplicadas no sábado (7) e tiveram continuidade hoje, tanto de manhã quanto de tarde.

Há relatos de que os conteúdos começaram a circular na internet ainda ontem.

A prova é impressa, os candidatos assinam e a deixam com os fiscais. Mas, segundo a comissão organizadora, uma candidata levou a prova, o que não é permitido.

A advogada Helga Pereira, 41, chegou à delegacia por volta das 12h. Ela disse que fez a prova hoje de manhã e, assim que acessou o celular, viu o mesmo conteúdo expostos em diversos grupos do WhatsApp.

“Fiquei indignada. Iremos amanhã [segunda-feira] procurar o Ministério Público Estadual solicitar a anulação do processo”, adiantou.

Jéssica Cavalcante, 23, também fez a prova hoje de manhã e viu todo o conteúdo da prova já sendo compartilhado nos grupos. “Fiquei perplexa. O que revolta é a desorganização. Mesmas provas sendo aplicadas em períodos e datas diferentes? Isso é inaceitável”, diz.

Outra candidata, de 29 anos, veio de Pernambuco participar do concurso. Já gastou aproximadamente R$ 10 mil com as idas e vindas e custos com passagem, hospedagem, alimentação. “Me senti muito prejudicada com essa situação e desorganização. Vim exigir meus direitos”, enfatizou, sem se identificar.

Investigação - A comissão organizadora do concurso informou que está investigando e que já identificou a candidata suspeita de vazar parte do conteúdo da prova de digitação realizada neste fim de semana em Campo Grande.

De acordo com a delegada Maria de Lourdes, presidente da comissão, a prova é impressa, os candidatos assinam e a deixam com os fiscais, mas esta candidata levou a prova, o que não é permitido. Ainda segundo a delegada, somente um caso de vazamento de conteúdo foi identificado.

Além do suposto vazamento da prova, os candidatos também reclamam da falta de organização do concurso. Segundo eles, alguns dos teclados utilizados na prova de digitação apresentavam problemas. Os concurseiros também mostraram indignação com exigências do edital, como o tempo específico para digitação do texto.

Ainda segundo a delegada, somente um caso de vazamento de conteúdo foi identificado.

O concurso foi possui total de 6 fases, sendo que esta era a penúltima. A próxima seria a de investigação social.

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