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Geral

Candidato de bermuda é barrado em concurso e pede calça emprestada

Flávia Lima e Caroline Maldonado, Campo Grande News - 19 de julho de 2015 - 13:57

Um fato inusitado aconteceu na manhã deste domingo (19), momentos antes do início do concurso para juiz substituto do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que acontece no campus da Anhanguera-Uniderp da Rua Ceará. Um rapaz de 24 anos não observou as regras publicadas no edital e foi fazer aprova trajando bermuda e camiseta.

De acordo com as normas do concurso, é vetado ao candidato o uso de roupas muito informais, sendo exigido, ao menos, camisa ou camiseta e calça comprida. Nervoso, o rapaz, que preferiu não se identificar, acabou acatando sugestão de um dos presentes no local e foi até a rua tentar emprestar uma calça.

Segundo uma das pessoas que presenciou a cena, ele ficou constrangido, mas mudou de ideia ao saber que a prática de oferecer dinheiro pela peça de roupa é comum em outros estados, onde é registrado um grande número de candidatos que não se atentam às regras do edital.

Minutos antes do início da prova, o rapaz conseguiu a calça de uma pessoa que seguia pelo estacionamento da universidade e pode realizar o concurso.

Já uma candidata da Capital não teve a mesma sorte e foi barrada por chegar minutos após o fechamento dos portões, que ocorreu às 7h45, já que o concurso estava marcado para às 8 horas.

Responsável pela organização, Hamilton Heck, que trabalha na fundação que elaborou as provas, disse que, apesar dos dois imprevistos, o clima era de tranquilidade logo no início da manhã. "Em um universo de 3 mil pessoas, só uma chegar atrasada é ótimo", disse. Sobre o rapaz que precisou emprestar uma calça, ele comentou que esse tipo de desatenção é normal em outras localidades, tanto que quando as regras eram mais rígidas, exigindo terno e gravata, muitos vendedores ambulantes costumavam ficar em frente aos locais do exame vendendo gravatas.

Em frente a universidade campo-grandense não havia ninguém vendendo o acessório, porém, a vendedora ambulante Maria Auxiliadora Souza, 38, não tinha do que reclamar, já que os fardos de água que levou para comercializar haviam acabado antes das 7 horas. Moradora no Rita Vieira, ela também comentou sobre a tranquilidade na entrada do concurso e disse que a maioria se preocupou tanto com o horário, que foi possível até fazer fotos para registrar o momento para a família, como fez um candidato carioca.

A vendedora contou que ele chegou tão cedo que fez questão de realizar várias imagens do local da prova e das proximidades da universidade para mostrar aos pais, que ficaram no Rio de Janeiro.

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