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Geral

Candidatas - preparadas para o machismo eleitoral?

Manoel Afonso - 09 de maio de 2016 - 16:29

Aqui não é a Arábia Saudita onde as mulheres não podem quase tudo. Mas no Brasil, apesar de todos os fatores que as colocaram num patamar elevado, chegando a eleger uma mulher para a presidência da república, as barreiras ainda resistem.


É preciso levar em conta que as mulheres são maioria no colégio eleitoral, com a marca de 52%, mas ocupam menos de 30% dos cargos públicos eletivos e temos apenas 12% de prefeitas no total de 5.570 municípios. Ilustrando: a primeira mulher prefeita foi Alzira Soriano, no Rio Grande do Norte, no distante 1.928.


Vários sociólogos e observadores experientes tem abordado com certa frequência essa ascensão feminina na vida pública partidária, procurando elucidar alguns pontos considerados controvertidos e mostrando que o preconceito masculino está ligado à cultura e religião dos povos.


Indira Gandhi, Golda Meir e Margaret Thatcher, marcaram – em épocas diferentes – pela liderança e preparo na condução de suas nações e serviram de referência para o avanço das mulheres na política. Mas convenhamos: de quase 200 países, menos de 15 são chefiadas por mulheres. É muito pouco.


Nosso Estado – embora novo – sempre deu mostras de seguir a maioria, preterindo as mulheres. Poucas vereadoras, prefeitas, deputadas, a vice governadora e uma senadora. Marisa Serrano bem que tentou, mas foi derrotada por um conjunto de fatores para o petista Zeca.


Aqui na capital, além de Rose Modesto, há chances de Tereza Naime tentar a prefeitura, num pleito onde a predominância de candidatos do sexo masculino é inquestionável, embora a maioria do eleitorado seja feminino.
Mas é velha a tese de que ‘mulher é preconceituosa, não gosta de votar em mulher’. Levando-se em conta as estatísticas no início do texto, veremos que independente de sexo, o eleitorado daqui também é machista, conservador.


Assim as candidatas terão missão dupla; vencer os concorrentes, que não serão poucos, e convencer as mulheres a dar-lhes o ‘voto de confiança’, para tentar provar de que além de éticas, também são capazes.


É esperar pra ver.


De leve...

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