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Geral

Campanha contra tráfico de animais silvestres é lançada

Stênio Ribeiro/ABr - 11 de junho de 2006 - 13:35

A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) realizou na Semana do Meio Ambiente, comemorada de 5 a 11 de junho, um ciclo de palestras em Boa Vista (RR) com o objetivo de combater o tráfico de animais silvestres.

A iniciativa fez parte do lanaçmento da Campanha de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres em Roraima. Esse tipo de comércio ilegal movimenta cerca de US$ 60 bilhões por ano e é considerada a terceira maior atividade ilícita do mundo, atrás apenas dos tráficos de armas e de drogas.

A idéia - uma parceria com a prefeitura de Boa Vista, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Exército - é implementar um programa de controle fiscal alfandegário para impedir o embarque de animais. A ação também pretende inibir a biopirataria e, para isso, envolve representantes da sociedade civil organizada para conscientizar a população sobre a importância de preservação da natureza.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Boa Vista, Roraima é o único estado que não conta com um programa articulado de combate ao tráfico de animais e biopirataria nos aeroportos. Como a região tem uma biodiversidade muito rica, é um dos principais alvos dos traficantes de animais.

Entre janeiro de 2005 e junho de 2006, a secretaria municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas registrou 232 casos de comércio ilegal da fauna silvestre, sendo 24% de mamíferos, 33% de répteis e 43% de aves. De acordo com informações da secretaria, de cada 10 animais traficados no Brasil, nove morrem antes de chegar ao destino final.

A prefeituta de Boa Vista informa que a Amazônia brasileira abastece mercados internacionais pela rotas de São Paulo, Rio de Janeiro e países fronteiriços com Venezuela, Colômbia e Peru - fatores como localização geográfica,baixa densidade populacional e grande riqueza biológica favorecem o tráfico de animais na região. A estimativa é que cerca de 38 milhões de espécimes são tirados dos ninhos e tocas por ano no país. Apenas 1% deles chega ao destino final, os demais morrem.

Para inibir esse crime, a lei número 9.605, de 1998, que regulamenta os crimes ambientais, diz que "apanhar, vender, expor à venda, exportar, adquirir, ter em cativeiro ou transportar animais silvestres" são atos ilegais e os responsáveis por isso estão sujeitos a processos administrativos, penais e criminais, além do pagamento de multas.

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