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Geral

Campanha combate preconceito contra hanseníase

Caio d´Arcanchy / ABr - 02 de julho de 2004 - 08:51

A campanha do Ministério da Saúde para estimular o diagnóstico precoce e o combate ao preconceito, que o representante da Organização Mundial de Saúde para a Eliminação da Hanseníase, Yokei Sasakawa, conhecerá durante sua visita ao Brasil, até segunda-feira, é a segunda na história – a primeira foi divulgada em televisão em 1988. Sasakawa trata da questão da hanseníase durante a IX Conferência Nacional de Direitos Humanos

Por causa do preconceito que se manifesta na sociedade em geral, inclusive entre a comunidade médica, os portadores da doença, também conhecida como lepra, isolam-se e ficam sem o tratamento. De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância e Epidemiologia do Ministério da Saúde, Expedito Luna, esta é a principal causa da falta de diagnóstico da hanseníase no país.

A meta do Ministério é fazer com que todas as unidades básicas de saúde e equipes de Saúde da Família atendam aos pacientes com hanseníase. “Se diagnosticado, em seis meses no máximo o paciente estará totalmente livre da doença. Além disso o medicamento é gratuito”, explica Luna.

Artistas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o imperador Dom Pedro II foram os únicos dirigentes nacionais a conhecer de perto as colônias de vítimas de hanseníase. Numa das visitas, o presidente Lula assinou decreto com pedido de análise das 33 colônias ainda existentes no país. Até 1967 essas colônias funcionavam como centros de isolamento para vítimas de hanseníase, apesar de a cura da doença ter sido anunciada 27 anos antes, na década de 40.

O material publicitário da campanha iniciada em maio divulga orientações à população sobre como perceber os sinais da doença. O cantor Ney Matogrosso e a atriz Regina Casé protagonizaram as primeiras peças. E artistas como Elke Maravilha, Ney Latorraca e Solange Couto, entre outros, cederam suas imagens para ajudar no combate à discriminação a portadores da hanseníase. “Se você tem amor, você não permite que as pessoas sofram. Mas eu sei que é muito difícil o amor para o ser humano”, disse Elke Maravilha, que revelou estar engajada nessa luta há 15 anos.

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